“Dete Pexera”

Consagrada nos palcos como itajaiense de corpo e alma

Cláudio Rizzih, de 29 anos, virou a querida Déte Pexera

Legenda Rizzih criou a personagem que se identifica com o povo local (Crédito: Rude)
Legenda Rizzih criou a personagem que se identifica com o povo local (Crédito: Rude)

Quem conhece a icônica Déte Pexera, a maior e mais recente personificação da cultura itajaiense, não reconhece o multifacetado Cláudio Rizzih, de 29 anos. Ele criou e dá vida à essa engraçada e caricata personagem que não tem papas na língua e virou sucesso de bilheteria e visualizações nas plataformas digitais.

Déte é aquela pessoa que, se o itajaiense não tiver alguém na própria família, pelo menos conhece um tipo parecido. Cabelo de chapinha, óculos pesados e figurino garimpado em brechós, a vendedora da “Natura” fala o “pexerês” com a fluência de quem foi criada na periferia da cidade. Déte surgiu quando Rizzih partiu para São Paulo em busca de novos desafios e, com saudade de casa [do sotaque e do bairrismo de Itajaí], teve a ideia de criar um texto falado por uma mulher itajaiense de meia idade. “Gravei de improviso e viralizou instantaneamente”.

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Rizzih garante que a Déte só foi e tem sido um fenômeno por conta do poder de identificação. Ela é uma caricatura [no melhor sentido possível da palavra] da cultura itajaiense, especialmente das mulheres. Foram cinco anos consecutivos em cartaz com a personagem em turnês nacionais, com bilheteria esgotada. E não foi porque os espetáculos foram cancelados no período da pandemia da covid-19 que a peixeira desapareceu. Pelo contrário: Déte ferve mais do que nunca. São mais de 60 milhões de visualizações nas redes sociais, além de campanhas publicitárias para marcas estaduais e nacionais.

“As pessoas vão ao teatro para assistir a Déte contar sua história, que é a história das pessoas desta cidade. Existe uma Déte em cada esquina dos bairros de Itajaí e, por isso, a personagem deu tão certo”, comemora Rizzih. Aliás, é comum para o ator ouvir das pessoas da plateia frases como “tu contasse minha história”, “sou eu, é minha mãe, é minha vó, minha tia” ou “tu colocou uma câmera e filmou a minha mãe dentro de casa, não é possível”.

Natural de Jaraguá do Sul, Rizzih é itajaiense desde que tinha menos de uma semana de vida [e peixeiro de coração e alma]. Além de ator, ele canta. O álbum de estreia, “Celeste”, rendeu-lhe o título de Melhor Artista Solo da Música Catarinense no Prêmio da Música Catarinense de 2016, enquanto a música “Silabario” chegou à quarta posição das músicas mais virais do Brasil no Spotify. O segundo trabalho musical de Rizzih, o álbum FitaK7, também teve boa aceitação, embora menos divulgado.

“Mas a recepção foi tão positiva quanto em relação ao primeiro”, revela Rizzih, agora na fase final de produção do terceiro álbum, cujo nome mantém a sete chaves, e foi aprovado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura. O “garoto prodígio” lançou recentemente “Dialeto de Parede”, o primeiro livro de poesias, um apanhado geral de seu trabalho literário.

Como todo peixeiro de coração e alma, Rizzih declara seu amor a Itajaí todos os dias. Seja na voz aguda e chiada da Déte, seja no tom mais filosófico, porém igualmente autêntico, do músico e do poeta Cláudio Rizzih.






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