Passar anos guardando dinheiro na poupança, dar bens de entrada ou até se endividar: estes são alguns dos sacrifícios que famílias fazem pra comprar uma casa ou apartamento, onde esperam poder morar um dia. Mas em Balneário Camboriú é melhor você tomar cuidado. Acusações apontam várias irregularidades pra uma construtora que não teria levantado um tijolo sequer em mais de um ano de existência. A empresa em questão é a Casanova, localizada na rua 906, no centro da city. Há uma ação na dona justa contra a firma, além de denúncias na Procon.
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A construtora, de propriedade de Claudinei Proença, estaria vendendo apartamentos sem a papelada de incorporação e averbação do projeto dos imóveis, o que é ilegal. Pra piorar, no site da firma ...
A construtora, de propriedade de Claudinei Proença, estaria vendendo apartamentos sem a papelada de incorporação e averbação do projeto dos imóveis, o que é ilegal. Pra piorar, no site da firma existem vários empreendimentos à venda, mas a Casanova não possui nenhum alvará de construção ou licença comercial na prefeitura de Balneário Camboriú pra poder começar uma obra ou realizar vendas. Até o e-mail que a firma informa no seu site é de um portal gratuito, fato que deveria deixar qualquer um com a pulga atrás da orelha antes de fechar um negócio desta importância.
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Justa e Procon de olho
Por conta de todos estes perrengues, o DIARINHO fuçou e descobriu que Claudinei já responde por uma ação na justiça de Balneário, movida por um comprador de um apartamento no bairro Vila Real, que ainda não saiu do papel. Além deste processo, há mais duas reclamações contra o empresário na Procon da city: uma de outro comprador de um imóvel no mesmo lugar e outra da dona do terreno onde seria levantado o prédio.
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Segundo a diretora da Procon na Maravilha, Nena Amorim, ainda podem haver mais pessoas prejudicadas pela construtora, que estariam com medo de reclamar por causa de ameaças. Quem fez a reclamação conosco disse que existem outras pessoas que chegaram a comprar apartamentos com essa empresa, mas alguns sofreram ameaças por telefone, caso fizessem alguma coisa contra a construtora, revela a diretora.
Claudinei, que estava em reunião no dia de ontem e não foi encontrado pela reportagem, ainda responde por dois processos na justa do Paraná, um na vara cível e outro na criminal.