Uma boa notícia para os peixeiros que precisarem fazer radioterapia é a inauguração da primeira filial da Corb fora de Blumenau, no bairro Ariribá, na divisa entre Itajaí e Balneário, em janeiro. Quem dá a boa nova é o doutor Omar Sulivan Ruzza, 61 anos. Segundo ele, as obras começaram há dois meses e os equipamentos já foram comprados. Pretendemos, com isso, diminuir o sofrimento de nossos pacientes, que, além do estresse da doença, ainda precisam pegar a estrada todo santo dia. Neste ano, perdemos quatro pacientes em acidentes na BR-470, relata.
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Doutor Omar tem 37 anos de experiência em tratamento radioterápico e seus filhos Omar Filho e Natasha e o primo Renato seguiram o mesmo caminho. Eles vão se revezar no atendimento da nova unidade ...
Doutor Omar tem 37 anos de experiência em tratamento radioterápico e seus filhos Omar Filho e Natasha e o primo Renato seguiram o mesmo caminho. Eles vão se revezar no atendimento da nova unidade no litoral, que vai atender toda a galera dos 11 municípios da Amfri. Mas o credenciamento pelo SUS pode levar um tempo, pois depende da avaliação da secretaria estadual de Saúde para que não haja interferência no plano de atendimento aos pacientes oncológicos do SUS.
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A Corb atende, em Blumenau, no bairro Ribeirão Fresco e dentro do hospital Santa Isabel, no centro, a uma média de 150 pacientes diários, vindos de todo o Vale do Itajaí, região onde ficam 53 municípios e cerca de 1,2 milhão de habitantes. Dotor Omar explica que a demora em abrir uma filial no litoral se deve a determinação do ministério da Saúde de que um equipamento é credenciado pelo SUS para um grupo de 600 mil pessoas, mas a crescente demanda por tratamento radioterápico está levando a uma reavaliação dos conceitos.
É impressionante o aumento de casos de câncer provocado pela ampliação do diagnóstico, já que, até pouco tempo atrás, nem havia tratamento quimioterápico em Itajaí. A nossa clínica foi aberta em 1997, a primeira fora da capital, e começamos a atender pelo SUS este ano, em acordo com a secretaria municipal de saúde, pra atender a uma fila de espera de três meses, relata.
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Omar explica ainda que a taxa de sucesso do tratamento é inversamente proporcional ao estágio da doença quanto menor o estágio, mais chance de cura. E que no litoral há mais casos de câncer relacionado à farra e a perigosa combinação álcool + cigarro: garganta, boca, esôfago, pulmão e estômago.