Um homem morreu soterrado na manhã de sexta-feira enquanto trabalhava em uma obra de tubulação e drenagem às margens da BR-101, no bairro Salseiros, em Itajaí. Juvêncio Sones tava dentro de um buraco de cerca de dois metros de profundidade quando parte do barranco desabou sobre ele. O resgate durou cerca de 15 minutos e, segundo testemunhas, o trabalhador morreu poucos minutos depois do acidente.
Juvêncio trampava pra empreiteira Águas Mornas, terceirizada da Sulcatarinense, empresa prestadora de serviços da Autopista Litoral Sul. O coitado conversava com o colega de trabalho, Bruno Genival ...
Juvêncio trampava pra empreiteira Águas Mornas, terceirizada da Sulcatarinense, empresa prestadora de serviços da Autopista Litoral Sul. O coitado conversava com o colega de trabalho, Bruno Genival Lemos de Melo, 26, por volta das 11h, quando resolveu voltar pro buraco onde rolavam as escavações. Ele foi buscar duas ferramentas que tinha deixado. Antes, porém, pediu a Bruno que ligasse pra empreiteira e solicitasse isolantes pros tubos. Eu estava ao celular, a uns cinco metros do local, quando o barranco caiu em cima dele, que já estava dentro do buraco, narra Bruno, que trampa como operador de empilhadeira.
A carrada de terra cobriu o coitado, que, não guentou por muito tempo. Foi uma quantidade incrível de terra. Morreu praticamente na hora, lembra o operador de empilhadeira. Bruno revela que sequer conseguiu chegar perto do local do acidente. Assim que percebeu a tragédia, não quis chegar perto pra ver o amigo morto dentro do buraco. Eu não cheguei perto. A gente se conhecia há um ano, a cena seria demais para mim, lamenta o trabalhador.
Segundo o colega de trabalho, Juvêncio era separado e tinha um filho. Ele morava no norte do Paraná, mas estava na região para trabalhar. Morava no alojamento da empresa, onde estava há quase dois meses.
O corpo do coitado foi recolhido pelo rabecão do instituto Médico Legal (IML) por volta do meio-dia. Segundo os legistas, Juvêncio morreu por asfixia, mas seu peito também foi esmagado pela quantidade de barro que caiu sobre ele.
Enterro no Paraná
A empresa prestou apoio à família do morto, e liberou o corpo que será enterrado em sua terra natal, no norte do Paraná. Um encarregado da empresa Sulcatarinense também pintou no local da obra, onde fez fotos e tomou depoimentos dos peões. Ao DIARINHO, no entanto, o cara preferiu não se manifestar sobre o caso.