Com uma carta na mão, registrada em cartório e que teria sido escrita pela ex-esposa, o sambista Rodrigo Antônio Trindade, 39 anos, procurou o DIARINHO na tarde de ontem. Na carta, a ex afirma que Rodrigo não tentou estuprá-la e nem bateu no filho do casal, que tinha um ano e meio quando um quiprocó entre eles aconteceu, em 2011. O documento foi usado pelo advogado do sambista para conseguir a liberdade provisória dele.

Rodrigo foi preso na quarta-feira da semana passada. “Foi horrível o que passei lá dentro”, contou o sambista, que levou o tejo preso na empresa onde trampava como segurança. Ficou até sexta-feira no presídio da Canhanduba. Durante o período em que ficou engaiolado, acusado de tentar estuprar e agredir a mulher com quem vivia na época e ter jogado o filho na parede, a família entrou em contato com S.C.F.C., que atualmente mora em São Paulo com o filho. Ela teria escrito uma carta de próprio punho e mandou pra Itajaí.

Na carta, diz que houve um equívoco no boletim de ocorrência que fez na época dos fatos. Nega que Rodrigo tenha tentado violentá-la e afirma que não machucou o filho. “Até dei um empurrão nela, mas o resto não aconteceu. Hoje, sinto mágoa dela pelo que me fez passar, por ter registrado a ocorrência que não era verdadeira. Mesmo assim, não pretendo processá-la”, disse.

Mestre de bateria da escola de samba Clube do Mickey, Rodrigo diz que nunca teve passagem pela polícia. “Não entendo como estava como foragido desde 2011, como disseram, se tenho residência fixa e trabalho”, revolta-se.