Andar de bicicleta com segurança é um desafio nas citys da região. O que soa até irônico, tendo em vista que a maior parte delas é plana. O cenário atual reflete anos a fio de investimentos dos governos apenas na malha rodoviária. Pra mudar esse quadro, o instituto Federal Catarinense (IFC) organizou o seminário Intermunicipal Camboriú e Balneário Camboriú de Mobilidade Ciclística, que começa hoje no campus do IFC na capital da pedra. O evento rola até sexta-feira e vai reunir especialistas no assunto, usuários de zica e representantes das duas cidades.
A intenção é criar o diálogo entre os dois municípios pra facilitar e tornar mais seguras as pedaladas. As cidades são próximas. O planejamento da mobilidade deve ser feito em conjunto, acredita ...
A intenção é criar o diálogo entre os dois municípios pra facilitar e tornar mais seguras as pedaladas. As cidades são próximas. O planejamento da mobilidade deve ser feito em conjunto, acredita a coordenadora do seminário, Roberta Raquel.
Ela é professora de geografia no IFC e, pelo menos, três vezes por semana vai de zica para o trampo. Como usuária de bicicleta, posso dizer que a infraestrutura existente nas duas cidades é insuficiente. Algumas que existem não seguem as normas técnicas, lasca.
A profe defende que o seminário é uma maneira de integrar sabichões, povão e órgãos públicos. No final do seminário, vai ser lançada uma carta de intenções. Com ela, podemos pleitear na prefeitura melhorias e cobrar soluções, adianta. Até ontem, mais de 70 pessoas estavam inscritas pra participar das discussões.
O primeiro palestrante do seminário é o arquiteto especialista em mobilidade ciclística, Antônio Carlos de Mattos Miranda, que vai falar sobre a melhoria da qualidade de vida urbana com o uso de bicicleta. Vou abordar, principalmente, as questões físicas e ambientais e mostrar alguns projetos que estão em andamento em Curitiba, diz o sabichão, que atualmente coordena o plano cicloviário da capital paranaense.
Pra ele, o mais difícil é convencer os governantes da importância de investir em infraestrutura para o uso de bicicletas, e o povão a mexer a busanfa e usar a zica como meio de transporte. Os países mais ricos do mundo são os que mais usam bicicleta, com exceção dos Estados Unidos, explica. Na palestra, Antônio Carlos vai usar como exemplo a Alemanha, que tem a maior infraestrutura cicloviária do mundo. Só em Hamburgo há 2.400 quilômetros de infraestrutura cicloviária, informa.
Associação está faceira
O presidente da associação de Ciclistas de Balneário Camboriú (ACBA), Henrique da Silva Wendhausen, tem 50 anos e pedala há 45. Faz oito meses que abandonou de vez o uso do carro. Vou a Laguna, Blumenau, tudo de bicicleta, diz.
Presença garantida no evento, Henrique acredita que a principal contribuição do seminário vai ser abrir o diálogo entre as duas prefas. De acordo com ele, dos 70 quilômetros de ciclovia projetados pra Balneário Camboriú, apenas 17 foram implantados. A cereja do bolo é a avenida Atlântica, mas está difícil de sair, reclama.
O seminário começa às 19h no auditório do instituto Federal Catarinense, na rua Joaquim Garcia, em Camboriú. As inscrições são digrátis e podem ser feitas pelo saite: www.acbc.com.br/seminario.