O fim das eleições internas dos vermelhinhos não acalmou muito os ânimos dos petistas peixeiros. Mesmo com a derrota pra Jean Sestrem, Arnaldo Francisco Silva considera significativa a participação que sua chapa terá no diretório municipal do partido dos Trabalhadores e diz que não vai abrir mão da discussão ideológica com os companheiros e companheiras. De uma certa forma, se manteve o debate interno equilibrado e atingimos quase 50% dos votos, considera Arnaldo, que conseguiu o apoio de 135 petistas, o que correspondeu a 44% dos votantes.
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A grande preocupação do petista é que o partido mantenha a discussão com a classe trabalhadora. Segundo Arnaldo, muitos da chapa de Sestrem, que teve apoio dos vereadores Thiago Morastoni, Giovani ...
A grande preocupação do petista é que o partido mantenha a discussão com a classe trabalhadora. Segundo Arnaldo, muitos da chapa de Sestrem, que teve apoio dos vereadores Thiago Morastoni, Giovani Félix e dos deputados Volnei Morastoni e Décio Lima, não assimilam a relação que o partido tem com a classe trabalhadora. Muitos deles têm o objetivo de transformar o partido em um partido qualquer. Sempre fomos abertos ao diálogo, mas nunca deixamos a linha política ser dominada pela classe dominante, carca Arnaldo que teve o apoio do atual presidente do PT peixeiro, Davi Coelho.
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Em função da representatividade das duas correntes dentro do diretório municipal, o debate interno na sigla deve permanecer acirrado. O vereador Thiago Morastoni está faceiro com a vitória de seu candidato, que é chefe de gabinete de seu pai, Volnei Morastoni, na Alesc. Ele considera que está havendo uma mudança de gerações e de pensamentos. Não concordamos com essa visão mais fechada e ideológica que o partido estava tomando. Queremos deixar de discutir a ideologia, a filosofia, pra discutir a prática da política. O que o PT quer para Itajaí, discursa o vereador.
Thiago não teme a participação de quase 50% do grupo adversário e acredita que o diálogo será muito bom entre as duas chapas. Muitos já vieram conversar conosco para construirmos uma nova linha. Fiquei feliz porque o partido vai partir pra um diálogo com a sociedade, afirma o parlamentar.
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Outra grande discussão entre os dois grupos é a visão a respeito da classe trabalhadora. Segundo Thiago, existe uma pequena parcela dentro do PT que só vê o trabalhador sujo de graxa, trabalhando em chão de fábrica. Pra eles, trabalhador tem que ser pobre e suado. Não conseguem ver um advogado ou um médico como trabalhador, diz.