O anúncio do governo estadual de socorro às empresas afetadas pelo tarifaço de Donald Trump tem um ponto central: a manutenção de cerca de 73 mil empregos que estão ameaçados. Medidas acertadas que visam manter os negócios competitivos. Ponto para o governador Jorginho Mello e sua equipe técnica, liderada pelo competente secretário de Fazenda, Cleverson Siewert. O pacote de R$ 435 milhões de ações emergenciais apresentadas que incluiu, entre outros pontos, a postergação do pagamento do ICMS por 60 dias durante três meses, além de liberações de créditos e financiamento via BRDE, é um alívio nas contas. O lançamento do movimento foi simbólico: na sede da Fiesc, em Florianópolis. Tanto que recebeu o apoio do novo presidente da entidade, Gilberto Seleme, empresário do ramo madeireiro, duramente atingido pelo tarifaço de 50% imposto pelos EUA.

Afetados

Afetados

Levantamento da Fazenda estadual mostra que, em 2024, SC exportou R$ 9,9 bilhões aos EUA. Cerca de 95% foi afetado. Setores mais atingidos são os de madeiras e derivados (48,5%), blocos de motor e compressores (17%), além de motores elétricos e transformadores (14,5%). O norte é a região mais impactada (44%), seguido do Vale do Itajaí (22%).

Federal

O governo federal também anunciou pacote antitarifaço. O plano prevê R$ 30 bilhões em crédito por meio de uma medida provisória chamada de MP Brasil Soberano. De acordo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o plano dará prioridade às menores companhias e a alimentos perecíveis. “As grandes empresas têm mais poder de resistência”, disse Lula.

CPI

O senador Esperidião Amin (PP) protocolou requerimento para a abertura de CPI para investigar atos do STF e TSE, entre 2018 e 2025, entre eles a criação de provas produzidas de “forma criativa” para confirmar certas narrativas. Além da CPI, a oposição quer entregar uma “carta-denúncia” a cerca de 80 embaixadas em Brasília com denúncias contra Alexandre de Moraes.