Segundo estudos recentes, os brasileiros comprometem cerca de 40% da sua renda apenas com impostos, que variam conforme o tipo de produto comercializado. Esta é a radiografia do Natal:
- Panetone: Muito imposto e pouco recheio. Este produto industrializado tem carga tributária de 38,5%. Ou seja, um panetone de R$ 30,00 tem cerca de R$ 11,55 em impostos.
- Peru e Chester: As proteínas tributadas. Carnes de aves têm 17,5% de impostos federais e 17% de imposto estadual (ICMS). Logo, um chester de R$ 100,00 carrega, aproximadamente, R$ 34,50 em tributos.
- Bebidas: Campeãs de tributação. Champanhe tem até 55% de impostos, vinho importado pode ultrapassar 70% e espumante nacional cerca de 40% de carga tributária.
Caso você pretenda viajar de carro para visitar a família e os amigos, pagará 41% em impostos: dos R$ 6,00 por litro de gasolina, estão embutidos R$ 2,46 de tributos.
Não adianta mudar o meio de transporte, o preço das passagens aéreas também é tributado em aproximadamente 42,5%. Sim, quase metade do valor que você paga nas passagens é destinado aos cofres públicos.
A verdade é que os tributos são como “sócios invisíveis” que estão presentes em tudo que consumimos: produtos industrializados, nacionais e importados, combustíveis, transações financeiras, serviços...
Sentimos o peso dos impostos diretos, aqueles que pagamos diretamente ao governo, como Imposto de Renda, IPVA e IPTU. Mas os tributos que pagamos indiretamente, ou seja, aqueles inseridos nos preços das mercadorias que consumimos têm um impacto muito maior no orçamento.
Na reforma tributária esse peso ficará evidente, já que os tributos serão destacados em cada pagamento realizado e isso auxiliará na tomada de decisões estratégicas e inteligentes diariamente.
Esse conhecimento sobre impostos não é para reclamar, mas para gerar consciência sobre o impacto da carga tributária. O segredo não é fugir, mas entender a lógica do sistema tributário e cobrar por justiça fiscal