O nome de Fernando Gil como superintendente de futebol surpreendeu a quem, como eu, esperava que o Marcílio Dias fosse buscar alguém já experiente para a função. Fernando tem uma boa rodagem no futebol de Santa Catarina, mas em funções diferentes da que vai exercer no Marinheiro. É uma aposta da diretoria rubro-anil em um nome jovem e que conhece bem o futebol estadual, mas que não tem experiência de ser o nome principal do futebol de um clube do tamanho e com o nível de exigência do Marcílio, com torcida e imprensa que acompanham de perto e cobram resultados. Gil tem no currículo passagens como técnico de categorias de base e auxiliar técnico, trabalhando em clubes como Figueirense, Joinville, Avaí, Criciúma e Chapecoense. No Hercílio Luz, seu último trabalho, foi gerente de futebol em um time que fez boas campanhas durante sua passagem, tanto no Campeonato Catarinense, quanto na Copa Santa Catarina. O Leão do Sul é uma SAF e quem manda no futebol são seus investidores, mas certamente Fernando Gil trará de lá a bagagem do que vivenciou no departamento de futebol do clube, com uma relação entre custo e benefício das contratações muito boa, tendo em vista que o time tem dado resultado dentro de campo, sem contratações de renome, mas que já provaram seu valor em outros clubes, inclusive no Marcílio Dias.

Copa Santa Catarina

Nesta quarta-feira acontece o Congresso Técnico da Copa Santa Catarina, onde serão conhecidos os clubes que irão disputar a competição. Com uma vaga de Copa do Brasil em disputa, a Copa SC terá um peso de Campeonato Catarinense, já que apenas Criciúma e Brusque, campeão e vice do estadual desse ano, estão garantidos na competição nacional do ano que vem. Com isso, o Marcílio Dias deve encarar camisas pesadas do futebol estadual, como Avaí, Figueirense, Chapecoense e Joinville, além do Hercílio Luz, que tem uma base de time muito sólida na Série D do Brasileiro. Todos de olho na premiação milionária que a Copa do Brasil oferece aos participantes. A missão de Fernando Gil e da comissão técnica do Marcílio Dias não será fácil, mas o principal objetivo da diretoria é montar uma base de time já visando o Catarinense de 2024, quando o Marinheiro entra com a obrigação de conquistar a vaga no Brasileiro do ano seguinte.