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Coluna Exitus na Política

Por Sérgio Saturnino Januário - pesquisa@exituscp.com.br

Divisão do trabalho político


O trabalho, como fenômeno sociológico, é um processo de organização e funcionalidade de uma sociedade. Em tudo há uma forma de “encaixar” etapas, “peças”, procedimentos. A escala varia em cada ambiente, mas é sempre o trabalho o centro dos dias e das coisas. O trabalho fomenta a especialização das funções e fez com que o artesão passasse a figurar como uma condição exótica. Foi Émile Durkheim [De la Division du travail social] quem nos forneceu análise valiosa sobre a evolução da sociedade considerando a especialização das funções do trabalho social.

 

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O trabalho surge na sociedade moderna como uma estrutura de coesão social. Pelo trabalho, recebemos funções e títulos, reconhecimento e remuneração, posições sociais e status. Do trabalho decorre um conjunto de valores [sistemas que orientam e determinam as formas de ser, estar, agir e sentir] e atitudes [formas de se colocar no mundo, disposição para agir]. O domínio dos membros de uma organização social, antes de tudo, está nesses conjuntos complexos [e não complicados] de existência estrutural de uma sociedade.

Podemos traçar um amplo conjunto de estruturas sociais no qual nos levam a ser e estar da forma como somos e estamos. Como princípio a fim de que tudo funcione é necessário que cada membro seja “assumido” pela sociedade por sua docilidade social [aceitar as condições e desejar, querer ser algo] e produtividade econômica [obter sua posição social por critérios de produção e acúmulo de riquezas]. Enquanto as instituições sociais nos asseguram e nos classificam, acreditamos estar tranquilos e fortalecidos. A liberdade está contida nestes limites.

Numa organização econômica, se você não puder participar dos processos de acordo com os “regulamentos sociais”, então, será dispensado. E quando se perde o trabalho, vão juntos um enorme aglomerado de relacionamentos no qual somente poderiam existir ali. Em todo o caso, você pode procurar ou criar “sua” organização econômica e, a partir dela, se manter nos processos produtivos de acordo com as “regras do mercado”.

No caso do “mercado governamental”, as regras sociais se distinguem. Há um “mercado político” de cargos, poder e decisões sobre orçamento “público”. O poder de veto sobre processos, por um lado, e condicionantes de legitimação, por outro. E, para se evitar que a vontade de um indivíduo possa se sobrepor a de todos os outros, há um emaranhado de leis e de instituições para equilíbrio das forças, sistema de freios  e contrapesos. Legislativo, Executivo e Judiciário são poderes que formam o Estado como se este fosse um aparelho de execuções das funções e responsabilidades. Como forma institucional, cada uma das estruturas existe como Independente [soberano de suas próprias funções], exclusiva [somente ela poderá realizar tal função] e especializada [quanto mais efetiva seus atos, mais aprende e apreende sobre suas funções]. Numa equipe, não dá para todos serem atacantes.

Quando as coisas se confundem, quando as funções são usurpadas por “invasores”, a funcionalidade se perde, as engrenagens emperram, a máquina deixa de ser “produtiva”. Os valores sociais deixam de marcar as orientações que lhes são próprias e as atitudes passam para o estágio da dispersão. Por aqui, com o tal presidencialismo de coalisão, que não é nem presidencialismo, nem parlamentarismo. O Legislativo executa orçamento [fundos e emendas ao gosto do freguês], o Executivo deseja “assinar” sentenças e desobediências legais, e o Judiciário se torna fábrica de leis e agente ideológico. E na confusão, gritos, acusações, arremedos de golpes, “condenados” livres. Hora propícia aos “sacerdotes” [sacerdos]: aqueles que ofereciam vítimas às divindades [sacro-ofício] ou que distribuíam os dons sagrados ou divinos [milagres, mirare, maravilhoso ou aquilo que foge às leis da natureza].

E viver, apesar de trabalhar muito, continua a ser caro.


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