Tradicional, porque esta será a 96ª edição da festa, que se realiza desde o distante ano de 1936. A festa do Dia do Trabalho foi idealizada por José Eugênio Müller, o criador do bairro da Vila Operária.
Zé Müller, como era conhecido, fazia um misto de empresário e político. Ao criar o bairro para favorecer a convivência de operários e patrões, porque aí morariam trabalhadores e donos de fábricas, ele intencionou trabalhar pela paz social, daí a invocação da Padroeira do bairro, sua escolha, Nossa Senhora da Paz.
A festa, que teve iniciativa civil, com desfile de operários, banda de música, gastronomia e baile público; logo também assumiria caráter religioso, de missa e procissão.
Tudo acontecia ao redor da Praça 1º de Maio, em frente à Igreja do bairro, menos o baile público que se realizava no interior da Fábrica de Tecidos, cujo prédio hoje sedia a Biblioteca Pública.
As missas, por sua vez, eram sempre solenes e para elas se convidava um sacerdote bom orador, para fazer o sermão principal. A procissão, com a bela imagem da Padroeira, então percorria as ruas José Eugênio Müller, Heitor Liberato e Alberto Werner, as principais da Vila Operária.
Era uma festa muito prestigiada, a reunir milhares de pessoas. Muitos moradores do bairro até costumavam comprar roupas novas, para melhor se apresentar nos dias de festejo.
A festa deste ano começou com tríduo na quinta-feira e até sábado, sempre às 19 horas. Domingo, dia 1º de maio, haverá hasteamento das bandeiras de Itajaí, de Santa Catarina e do Brasil, ao som do Hino Nacional, seguido de Missa Solene, às 10 horas, em honra de Nossa Senhora da Paz e São José Operário, patrono dos trabalhadores.
Esta vem sendo a primeira festa popular, após dois anos de pandemia. Todos os dias funcionarão barracas com o tradicional churrasco, barracas de quentão, pinhão e de pescaria. As zeladoras do Apostolado de Oração dirigem a cozinha da festa, que oferece pães caseiros, pastéis, cachorros quentes e cuca. Tudo a que tem direito uma alegre e verdadeira festa de igreja.