PENHA
Árvores na orla da praia da Bacia da Vovó são cortadas
Ação atendeu pedido da associação alegando questão de segurança
João Batista [editores@diarinho.com.br]
As árvores na orla das praias da Bacia da Vovó, em Penha, foram cortadas ou tiveram uma poda radical nos últimos dias. A ação provocou revolta de moradores e visitantes, mas outros defenderam a medida porque as árvores estariam comprometendo a segurança dos frequentadores por estarem ocas ou doentes.
A prefeitura explicou que as ações de corte e de “poda de regeneração” ocorreram com autorização da Defesa Civil e do Instituto de Meio Ambiente de Penha (Imap), atendendo a uma solicitação da Associação Amigos da Prainha da Saudade. O trabalho foi feito por uma empresa terceirizada contratada pela associação, com base nas autorizações ambientais.
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Quatro árvores foram derrubadas. Neste caso, a prefeitura alega que elas já estavam condenadas pela Defesa Civil. Outras 10 árvores foram podadas. “As árvores em questão eram espécies exóticas e invasoras, como os sombreiros, que não são nativas da região e algumas encontravam-se condenadas de acordo com relatório da Defesa Civil”, esclareceu o município.
No local, está previsto um novo projeto de arborização, com espécies nativas. “Como parte do processo, está sendo articulado com a associação a delimitação de áreas para o plantio de aproximadamente 300 mudas de espécies nativas de restinga, contribuindo para a recuperação e preservação ambiental da área”, informou a prefeitura.
Em comunicado nas redes sociais, a associação ressaltou que a “poda de regeneração” atendeu a uma antiga demanda dos moradores relacionada à segurança e ao meio ambiente. A entidade reforçou que a ação contou com o aval dos órgãos da prefeitura e com o acompanhamento técnico de biólogos.
“Em breve, as árvores brotarão ainda mais bonitas, a restinga terá espaço para se regenerar e todos os frequentadores serão muito bem-vindos à Bacia da Vovó”, afirma. O pedido pro corte das árvores era esperado há anos. A licença saiu em setembro, pelo Instituto de Meio Ambiente de Penha (Imap).
Entre as árvores, havia sombreiros de mais de 80 anos. A falta de poda adequada teria facilitado a infestação de erva-de-passarinho, uma planta parasita que cresce em outras árvores, sugando água e nutrientes, podendo enfraquecê-las e até matá-las.
Além de sombreiros secos, a orla também tinha jambolões com troncos podres, com risco de queda. A chamada “poda de regeneração” abrangeu a retirada das ervas-de-passarinho que parasitavam as árvores e a remoção de galhos secos, visando a recuperação das espécies.
João Batista
João Batista; jornalista no DIARINHO, formado pela Faculdade Ielusc (Joinville), com atuação em midia impressa e jornalismo digital, focado em notícias locais e matérias especiais.
