NAVEGANTES

“Cãodomínio” que abrigava cachorros de rua é retirado do molhe do Pontal

Voluntários removeram estrutura porque prefeitura seria contra e já iria demolir; área foi esvaziada

Últimos “moradores” ficaram sob cuidados de protetores de animais (Foto: João Batista)
Últimos “moradores” ficaram sob cuidados de protetores de animais (Foto: João Batista)
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O “cãodomínio” que abrigava cães comunitários no molhe do Pontal de Navegantes foi retirado pelos voluntários que cuidavam do local. A medida teria sido pra evitar a demolição pela própria prefeitura e garantir que os cachorros que ainda restavam nas casinhas ficassem com protetores e não fossem levados pro canil do Departamento de Atenção Animal (Daba), alvo de denúncias de superlotação e falta de estrutura.

O “cãodomínio” foi criado em 2016, por iniciativa de uma protetora independente, após uma cachorra e oito filhotes terem sido largados na região. A protetora, com apoio de outras voluntárias ...

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O “cãodomínio” foi criado em 2016, por iniciativa de uma protetora independente, após uma cachorra e oito filhotes terem sido largados na região. A protetora, com apoio de outras voluntárias, se dedicava ao cuidado do espaço e dos animais abrigados no local, que recebiam ração e água. As voluntárias relatam que a prefeitura era contra as casinhas e queria a retirada do espaço por causa do projeto de revitalização do molhe.

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Há pouco mais de um mês, o local ainda contava com três casinhas e duas cachorrinhas como “moradoras”, até que os voluntários resolveram retirar a estrutura, antes que o município acabasse com o “cãodomínio” e deixasse os animais desamparados.

“A gente tirou antes porque eles [prefeitura] já iriam tirar”, afirma uma das voluntárias. Ela informou que cachorras Branquinha e Pretinha ficaram com protetoras responsáveis e estão sendo bem cuidadas.

“Condenados à morte”

Segundo os voluntários, se os animais ficassem com o Daba estariam “condenados à morte”, porque o canil da prefeitura seria um “matadouro”. A estrutura seria inadequada e estaria com falta de vacinas e remédios para os animais recolhidos. O caso já foi alvo de queixa no Ministério Público.

Até o ano passado, o caramelo Samuel também vivia no “cãodomínio”, mas ele faleceu vítima de um tumor.

Outros “moradores” do local, uma dog já idosinha com quatro filhotes, foram para o canil da prefeitura, onde os filhotes teriam morrido devido às condições precárias do local.

Os animais tinham cinomose e dependeriam de vacinas pra sobreviver.

Área esvaziada

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Na entrada do molhe do Pontal, a área das casinhas foi limpa pela prefeitura e, nos últimos dias, ganhou duas casinhas de plástico. Apenas um cachorro abandonado no local tem sido visto nas proximidades. Um comerciante da região reclamou que o “cãodomínio” gerava sujeira, atraía ratos e estimulava as pessoas, inclusive vindas de cidades vizinhas, a abandonarem cães e gatos no molhe.

 

Morte de mãe e filhotes no Daba

Sobre o caso da cadela e seus filhotes que viviam no “cãodomínio”, a prefeitura esclareceu que os animais foram resgatados pela equipe do Daba no molhe do Pontal após denúncia de abandono. O atendimento teria seguido os protocolos.

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“A mãe recebeu todos os cuidados necessários, incluindo vacinação e castração. Contudo, após um breve período de internação, os filhotes foram diagnosticados com cinomose – doença possivelmente contraída ainda nas ruas – e a maioria não resistiu, restando apenas um sobrevivente”, explica.

A prefeitura afirmou ter compromisso com a saúde pública, a segurança da população e o bem-estar animal, reforçando que o cuidado e a proteção dos animais seguem como prioridade do governo.

 

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Questão de saúde e segurança, diz prefeitura

Antigo espaço era bem cuidado e alegre, mas teria virado local de acúmulo de lixo
Antigo espaço era bem cuidado e alegre, mas teria virado local de acúmulo de lixo

 

A Secretaria de Proteção e Cuidado Animal de Navegantes negou determinação da prefeitura pra retirada do “cãodomínio” por causa da revitalização do molhe. Em nota, o município informou que fez a limpeza da área considerando critérios ambientais, de saúde pública e de segurança, além de pedido do porto. “O espaço, utilizado por alguns animais, havia se transformado em ponto de acúmulo de lixo, restos de comida, fezes e água parada em pneus, o que favorecia a proliferação de pragas urbanas, como baratas e ratos, além de representar risco de foco para o mosquito da dengue”, justificou.

Segundo a prefeitura, também foram registrados episódios de agressividade por parte de alguns cães contra moradores e servidores, com relatos de ataques. “A ação atendeu ainda a uma solicitação da Autoridade Portuária, uma vez que a área é de domínio da União e não poderia ser utilizada para esse fim”, completou.

Sobre as denúncias contra o Daba, a prefeitura nega as alegações. O município afirma que o serviço atua seguindo as normas do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e da Vigilância Sanitária, tendo recebido visitas do Conselho Municipal de Defesa Animal (Comudeva), do Conselho Estadual de Medicina Veterinária e do Ministério Público do Estado.

Conforme a prefeitura, os órgãos atestaram a regularidade do espaço. “Não há falta de medicamentos ou vacinas, tampouco registros de maus-tratos dentro da unidade”, garantiu.






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