O prédio do futuro quiosque do Morro da Cruz, em Itajaí, virou motivo de preocupação ambiental. Os vidros das janelas não têm barreiras visuais, fazendo com que pássaros batam e morram. O DIARINHO esteve no morro nesta semana e encontrou vá-rias aves mortas.
A reportagem flagrou, inclusive, um choque de pássaro contra o vidro durante a visita – o passarinho ficou desorientado e foi socorrido pelo repórter. Trazido para a Redação, a ave bateu asas e voou ...
A reportagem flagrou, inclusive, um choque de pássaro contra o vidro durante a visita – o passarinho ficou desorientado e foi socorrido pelo repórter. Trazido para a Redação, a ave bateu asas e voou após se recuperar. Além das mortes, o prédio do quiosque se transformou em abrigo de andarilhos, com roupas, restos de comida e sujeira espalhada pelo interior.
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Segundo a diretora-presidente do Instituto Itajaí Sustentável (INIS), Maria Heloisa Furtado Lenzi, com o anúncio da ampliação do equipamento turístico e da construção do mirante, a empresa que será contratada para tocar a obra será orientada a instalar barreiras visuais nos vidros. “Toda estrutura de vidro próxima a áreas com bastante vegetação, tende a ser muito prejudicial para os pássaros. Quando atuei em Balneário, nós editamos uma cartilha com sugestões de barreiras visuais que podem ser colocadas nos vidros para que a ave enxergue. A princípio, a secretaria de Planejamento me falou que vai ser feita novamente a licitação para dar continuidade à obra e assim que já tiver a empresa, a gente vai solicitar que coloque algum tipo de barreira visual para evitar esse embate de aves no vidro”, adiantou.
Maria Heloisa explica que a barreira não pode ser apenas um adesivo em formato de pássaro, mas sim cobrir o vidro de forma efetiva. “Ela pode ser perfurada para que consiga passar luminosidade, mas tem que criar uma barreira visual para as aves. Não é o desenho de águia que o pessoal começa a colocar no vidro que impede o choque. O pássaro realmente precisa enxergar a barreira visual que está no vidro, porque se ele ver o vidro, ele vê o reflexo do que está fora, geralmente reflexo do céu ou da vegetação e acha que pode continuar, então ter barreiras visuais é muito importante”, finalizou.