Na rua Afonso Arinos, na Praia dos Amores, aos pés do Morro do Careca, em Balneário Camboriú, terrenos baldios cercados com tapumes para futuras construções fecham a passagem de animais silvestres, como gambás, lagartos e aves. Com isso, a vizinhança tem visto bichinhos perdidos pela rua, correndo risco de serem atacados por cães e gatos ou ainda de serem atropelados.
Os moradores buscam orientação sobre o que fazer quando se deparam com os animais pela rua. Nesta semana, houve flagra de um gambá com filhotes na calçada, tentando achar caminho para ...
Os moradores buscam orientação sobre o que fazer quando se deparam com os animais pela rua. Nesta semana, houve flagra de um gambá com filhotes na calçada, tentando achar caminho para o mato, e de um quero-quero, também com filhote, e sem acesso ao terreno que até pouco tempo atrás era baldio. Eles esbarraram no muro de metal e andavam assustados pela calçada.
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Segundo a secretaria de Meio Ambiente, esse tipo de caso é atendido pela Polícia Militar Ambiental. Denúncia pode ser feita pela central 190 ou pelo aplicativo PMSC Cidadão. O telefone do quartel em Balneário Camboriú é (47) 3261-5588. No caso de crimes ambientais, o atendimento é pela Guarda Municipal, pela central 153.
Morador socorre animais
Morador antigo da rua, o artesão e artista plástico conhecido como Baiano tem socorrido animais que aparecem no endereço. Ele conta que atendeu já diversos casos, acolhendo os bichos e levando pra área de mata.
Baiano vive numa casa em terreno cheio de árvores frutíferas, incluindo uma bonita mangueira que embeleza a rua. O local tem se tornado um abrigo para os bichos perdidos que não conseguem cruzar os terrenos murados.
Nos últimos casos, ele recolheu filhotes de bem-te-vi e de quero-quero. Na segunda-feira passada, quatro filhotes de quero-quero foram tirados da rua e levados pra área do morro, com os pais dos bichinhos acompanhando o resgate.
O morador relata que casos com gambás e lagartos são frequentes. A morraria da região tem outros tipos de animais silvestres, como tatus e cachorros-do-mato, além de diversas aves. Até tamanduá-bandeira já foi visto naquela área de matas.