O grupo B|Fabbriani divulgou uma nota oficial nas suas redes sociais após a deflagração da Operação Black Flow, conduzida pelo Gaeco em Itapema, Porto Belo e outras cidades. A construtora foi citada por ser proprietária do empreendimento Colline, apontado pelo Ministério Público como o principal foco do esquema que teria lesado pelo menos 168 compradores.
Na nota, a empresa nega qualquer envolvimento em desvio de valores ou golpe e afirma que as conclusões divulgadas até agora são “precipitadas” e fruto de “interpretação equivocada” sobre sua estrutura ...
Na nota, a empresa nega qualquer envolvimento em desvio de valores ou golpe e afirma que as conclusões divulgadas até agora são “precipitadas” e fruto de “interpretação equivocada” sobre sua estrutura organizacional.
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Defesa da estrutura do grupo
A B|Fabbriani explicou que seu grupo econômico é formado por uma incorporadora, uma construtora e diversas Sociedades de Propósito Específico (SPEs). O texto reconhece que há transferências bancárias entre empresas do mesmo grupo, mas sustenta que isso ocorre para custear compromissos e não representa desvio de recursos.
A construtora também afirmou que já foi vítima de fake news no passado e que chegou a registrar boletins de ocorrência por ameaças, mas que muitas das acusações nunca chegaram a ser investigadas.
No comunicado, a empresa diz ter cumprido todas as medidas determinadas pelo Procon de Itapema para garantir maior transparência, como a suspensão da comercialização de unidades sem registro de incorporação e a reabertura do escritório local.
Empreendimento em andamento
A nota informa ainda que o empreendimento Villa está com 95% das obras concluídas, com previsão de entrega em até seis meses. Outros projetos só devem ser lançados após a obtenção de alvarás e a conclusão de processos de captação de recursos no mercado financeiro.
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Relembre o caso
A Operação Black Flow foi deflagrada pelo Gaeco no início de setembro, em apoio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Itapema. A ação cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. O objetivo foi desmontar um suposto esquema que, segundo o Ministério Público, movimentou cerca de R$ 90 milhões de forma irregular no mercado imobiliário.
As investigações apontam que o grupo econômico alvo da operação teria usado 43 empresas de fachada para dar aparência de legalidade a empreendimentos lançados sem o devido registro de incorporação. Um dos principais alvos foi o Residencial Colline, em Itapema, que teve 168 unidades vendidas e deveria ser entregue em dezembro deste ano, mas permanece apenas com a fundação erguida.
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De acordo com o MP, o esquema consistia em atrair consumidores com a promessa de imóveis a preço de custo, sem os trâmites legais, e desviar o dinheiro arrecadado para outros fins, incluindo gastos pessoais. Os quatro presos na operação são apontados como chefes do grupo e são oriundos do estado do Rio de Janeiro, de onde, segundo os investigadores, partia o comando do esquema.