35 anos de prisão

Mulher que matou a companheira é condenada

Karolyne Souza, de 23 anos, foi morta a facadas dentro de casa, na Praia Brava

Tribunal do Júri concordou com a denúncia do Ministério Público e entendeu que o caso foi um feminicídio (Foto: Arquivo)
Tribunal do Júri concordou com a denúncia do Ministério Público e entendeu que o caso foi um feminicídio (Foto: Arquivo)

A assassina da Karolyne Souza, de 23 anos, foi condenada a 35 anos de prisão pela morte da companheira, em março deste ano, na Praia Brava, em Itajaí. Vítima e assassina moravam juntas há quatro meses. O crime foi motivado por ciúmes.

O Tribunal do Júri acolheu integralmente o entendimento do Ministério Público, reconhecendo o crime como feminicídio, com agravantes de meio cruel e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

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Segundo a denúncia do Ministério Público, a assassina, de 24 anos, atacou a companheira de surpresa, com múltiplas facadas na cabeça, no pescoço e no peito. O ataque impediu qualquer chance de defesa da vítima que morreu na hora.

O julgamento foi na última segunda-feira, e a acusada continuará recolhida no Presídio Feminino Regional de Itajaí. “Essa condenação é emblemática, considerando que o crime foi praticado justamente por uma mulher contra outra mulher. Tivemos essa condenação no mês em que temos a campanha do Agosto Lilás, uma campanha nacional que visa conscientizar as pessoas a respeito da violência contra a mulher e reforçar a importância da Lei Maria da Penha e todos esses direitos que são conferidos às mulheres. A decisão, portanto, representa não apenas a punição de um crime brutal, mas também o fortalecimento do compromisso institucional do Ministério Público no enfrentamento da violência de gênero”, frisou a promotora Micaela Cristina Villain, que atuou em plenário na acusação.

Já a promotora de Justiça Larissa Moreno, responsável pela denúncia, reforçou o caráter exemplar da condenação. “Este resultado reafirma que a violência doméstica e o feminicídio não serão tolerados. O MPSC atuou com rigor desde a investigação até a sustentação em plenário, garantindo que a sociedade recebesse uma resposta compatível com a brutalidade dos fatos”, disse.

Karolyne foi morta a facadas dentro de casa, na rua Margarida Bernadina Nicolau, no dia 9 de março. A Polícia Militar encontrou a vítima já sem vida, com forte hemorragia. Karolyne era de Porto Velho, em Rondônia. A assassina, companheira dela, é natural de Maracanã, no Pará.

Na época do crime, a acusada relatou que passou a noite bebendo com a namorada e que tudo estava bem entre elas. Porém, na manhã seguinte, antes de sair para o trabalho, teve uma crise de ciúmes ao ver a companheira no celular. Para a PM, ela não admitiu ter dado as facadas em Karolyne e alegou que a vítima tinha caído da escada — versão que foi derrubada pela investigação.

A criminosa foi presa na casa de um vizinho, onde tentou se esconder após o assassinato. No local do crime também morava a filha da assassina, de sete anos, que ficou aos cuidados do Conselho Tutelar.



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