RECOMEÇO

Mariana Ferrer tira 10 ao defender TCC sobre o caso dela de vítima de estupro no Café de La Musique

Estudante foi aprovada no curso de Direito da faculdade Mackenzie

Ela dedicou o trabalho às vítimas de violência sexual (Foto: Divulgação/Instagram)
Ela dedicou o trabalho às vítimas de violência sexual (Foto: Divulgação/Instagram)

A estudante de Direito Mariana Ferrer foi aprovada com nota 10 na defesa de seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Universidade Presbiteriana Mackenzie, pelo 9º período da graduação em Direito. O trabalho tratou do próprio caso em que ela denunciou ter sido dopada e estuprada pelo empresário André Aranha, durante uma festa no clube Café de La Musique, em Florianópolis, em 2018, que ganhou repercussão nacional.

Mari publicou sobre a aprovação no curso no perfil no Instagram. O TCC teve como título “Estupro simbolicamente como crime de guerra à luz do caso Mariana Ferrer: o legado no avanço ao direito das vítimas e seu impacto na sociedade”. “Dedico este trabalho a todas as minhas irmãs e irmãos de luta e dor – as vítimas de violência sexual. Eu acredito em cada um de vocês”, escreveu no trabalho.

Continua depois da publicidade

A apresentação foi em 2 de julho e terminou com choro da estudante junto com os avaliadores. A banca de avaliação foi composta por nomes de destaque no cenário jurídico e político: a ministra Maria Elizabeth Rocha, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Luciana Rocha, juíza auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Vanja Andréa Santos, presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM).

Continua depois da publicidade

A estudante contou com apoio da ativista pelos direitos das mulheres, Maria da Penha Fernandes, que inspirou a lei contra violência doméstica. Ela participou da defesa por meio de videoconferência, deixando uma mensagem às mulheres vítimas de violência.

“Não desistam. A justiça pode parecer distante. Muitas vezes ela é. Mas ela também pode ser conquistada com coragem, com rede de apoio, com denúncia, com mobilização. Não se cale, procure ajuda”, afirmou.

O caso Mari Ferrer também inspirou uma lei específica, aprovada em 2021, prevendo punição para atos contra a dignidade de vítimas de violência sexual e das testemunhas do processo durante julgamentos.

A legislação leva o nome da estudante, lembrando o julgamento do caso, quando a defesa do empresário acusado de estupro fez menções humilhantes e constrangedoras à vida pessoal de Mariana, inclusive se valendo de fotografias íntimas. Segundo a então influenciadora digital, as fotos foram forjadas.

Ao final do processo, 2020, o réu foi inocentado por falta de provas pelo Rudson Marcos, baseado nas alegações do promotor Thiago Carriço de Oliveira, de que o acusado não teria como saber que Mariana não estava em condições de consentir.

Ainda em 2020, o juiz foi alvo de procedimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por omissão na condução da audiência em que Mariana foi humilhada. Em 2023, ele recebeu pena de advertência por permitir os ataques à vítima durante a audiência.

O processo do caso de estupro ainda corre na justiça, com recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão que absolveu o empresário. Ação tem relatoria do ministro Alexandre de Moraes e aguarda análise e decisão. “Continuaremos clamando #justiçapormariferrer”, postou Mariana pelas redes sociais.

Continua depois da publicidade






Conteúdo Patrocinado



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

WhatsAPP DIARINHO

Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






216.73.216.96


TV DIARINHO


🏥🚑 HOSPITAL UNIMED ITAJAÍ! O novo hospital da Unimed, em Itajaí, começou a atender nesta segunda-feira ...



Especiais

Como a trama de Jair e Eduardo com os EUA levou ao indiciamento da PF

Lei Magnitsky

Como a trama de Jair e Eduardo com os EUA levou ao indiciamento da PF

Bolsonaristas fazem campanha online contra PL de proteção infantil nas redes

PL 2628

Bolsonaristas fazem campanha online contra PL de proteção infantil nas redes

Executar suspeitos com ‘tiro nas costas’ é ‘legítima defesa preventiva’, diz MPF

Varginha

Executar suspeitos com ‘tiro nas costas’ é ‘legítima defesa preventiva’, diz MPF

Companheiros são maioria entre agressores de mulheres indígenas no MA

“Macho para quem?”

Companheiros são maioria entre agressores de mulheres indígenas no MA

Nova via de Belém que não nasceu com COP30

Avenida Liberdade

Nova via de Belém que não nasceu com COP30



Blogs

Eleição na Univali

Blog do JC

Eleição na Univali

Jejum regenera!

Blog da Ale Françoise

Jejum regenera!

🌿 Cuidar do corpo começa pelo intestino!

Espaço Saúde

🌿 Cuidar do corpo começa pelo intestino!



Diz aí

"Nossa alfândega é a segunda em movimentação e, em arrecadação, só perde para Santos"

Diz aí, André Bueno!

"Nossa alfândega é a segunda em movimentação e, em arrecadação, só perde para Santos"

Delegado da Receita Federal de Itajaí será o entrevistado do “Diz aí”

DIZ AÍ

Delegado da Receita Federal de Itajaí será o entrevistado do “Diz aí”

"O estacionamento rotativo dá prejuízo para o município"

Diz aí, Evaldo!

"O estacionamento rotativo dá prejuízo para o município"

Secretário Evaldo participa ao vivo do programa Diz aí!

TARDE DE QUINTA

Secretário Evaldo participa ao vivo do programa Diz aí!

"O meu grupo tinha controle e mapeamento de todos os traficantes da região"

Diz aí, Gularte!

"O meu grupo tinha controle e mapeamento de todos os traficantes da região"



Hoje nas bancas

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.