Governadores defendem integração ferroviária na região sul (Foto: Roberto Zacarias / SECOM)
O programa para a criação da Ferrosul, uma ferrovia integrada entre Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, foi discutido nesta semana com representantes dos estados. O grupo defende uma conexão ferroviária comum na região e criou uma comissão para participar do debate nacional sobre a renovação das concessões ferroviárias.
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O encontro reuniu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); o secretário de Infraestrutura do Paraná, Sandro Alex e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência ...
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O encontro reuniu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD); o secretário de Infraestrutura do Paraná, Sandro Alex e o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul, Jaime Elias Verruck. Eles foram recebidos em Santa Catarina pelo governador Jorginho Mello (PL), e apresentaram seus projetos e a situação das ferrovias em seus estados.
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Para defender os interesses dos quatro estados, cada governo vai indicar os membros do grupo técnico que vai atuar nos planos de ação. Jorginho destacou que os governadores querem tratar do assunto de forma conjunta, unindo seus projetos de ferrovias. “Só assim nós entendemos que vamos de uma vez por todas fazer o assunto andar. Isso é vital para a nossa economia”, disse.
Santa Catarina será representada na comissão pelos secretários de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, do adjunto da mesma pasta, Ivan Amaral, e do secretário-adjunto de Infraestrutura, Ricardo Grando. Junto com os representantes dos outros estados, eles vão trabalhar o mapa ferroviário da região, definindo a Ferrosul como a “espinha dorsal” para o desenvolvimento do sul.
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“A união desses quatro estados vai mudar totalmente a nossa capacidade de negociação. Eu tenho certeza que muitos atores do setor trabalhavam com a nossa divisão e agora todos vão saber que nós temos quatro estados que são muito importantes para o país, estados que têm uma grande capacidade de desenvolvimento econômico e que vão estar unidos para discutir a malha ferroviária”, comentou Beto Martins.
Na reunião, o governador do RS mostrou a situação da malha ferroviária gaúcha e os benefícios da união em torno do tema. “Promovemos uma integração de visões entre os nossos estados, os três estados que integram a região Sul, somado o Mato Grosso do Sul. Porque infraestrutura e logística é crítico para a gente poder sustentar o desenvolvimento econômico”, afirmou.
Projeto de lei busca regulamentar ferrovias pra destravar investimentos em SC (Foto: Divulgação/Ferrovia Teresa Cristina)
O programa prevê que a linha de cada estado se ligue com a Ferrosul. Em Santa Catarina, o governo já deu o primeiro passo, com envio à Alesc do projeto de lei que cria o Sistema Ferroviário Estadual, permitindo gestão própria e operações por meio de concessões e autorizações de linhas de carga e de passageiros pelo estado. Com a regulamentação, a promessa é de estímulo às ferrovias, menos caminhões nas estradas e mais investimentos.
Projetos travados há anos
A modernização e ampliação da malha ferroviária catarinense é discutida há anos, com projetos emperrados por diversos entraves. Hoje, o estado conta com a malha que corta as regiões norte, nordeste e meio-oeste e a ferrovia Tereza Cristina, no sul. Estão projetadas novas ferrovias no oeste, o corredor leste-oeste e a ferrovia litorânea, que ligariam os portos e se integrariam à malha atual e à rede nacional.
Nacionalmente, o governo também discute a integração e modernização de ferrovias. Nesta semana, Brasil e China assinaram acordo para iniciar estudos sobre o corredor ferroviário que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico. O projeto pretende integrar as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico), e a Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru.
Os estudos serão feitos pela Infra S.A., do Ministério dos Transportes, e o instituto China Railway. O corredor ferroviário tem uma parte em construção no Brasil pela ferrovia Integração, que parte de Ilhéus, na Bahia, e vai até Mara Rosa, em Goiás, e pela ferrovia Centro-Oeste, de Mara Rosa até Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, onde começará a Ferrovia Bioceânica que seguirá por Rondônia e Acre, até o Peru.
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