UNIÃO DE FORÇAS

Cooperativa busca certificação do aipim da terra preta

Sebrae apoia o selo de origem para agregar valor ao produto

Aipim da terra preta é mais macio, cozinha mais rápido e é de Itajaí (Foto: Paulo Giovany)
Aipim da terra preta é mais macio, cozinha mais rápido e é de Itajaí (Foto: Paulo Giovany)
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O trabalho realizado por uma cooperativa pode ser potencializado quando ele recebe apoio técnico e institucional de organizações ligadas ao poder público, ao terceiro setor e mesmo à iniciativa privada. A Cooperativa dos Produtores Rurais de Itajaí (Cooperar) tem se tornado um exemplo dessa união de forças, desde que deu início à busca pela obtenção do registro de Indicação Geográfica junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) por denominação de origem para o aipim da terra preta, produto cultivado por agricultores itajaienses na região da Colônia Japonesa.

A Cooperar teve início em 2008 e nos últimos 17 anos tem contribuído para o desenvolvimento da agricultura familiar em Itajaí. Atualmente, sob o comando do presidente João Carlos da Costa, o Carlinhos, a cooperativa reúne mais de 100 associados que trabalham, principalmente, para atender às demandas do poder público por produtos agrícolas.

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Dessa forma, além de garantir a permanência das famílias no campo, a cooperativa contribui para a alimentação das crianças da rede municipal de ensino de Itajaí com o fornecimento de frutas, verduras, hortaliças e legumes produzidos na própria cidade.

Potencial de produto local

A primeira instituição a vislumbrar novos caminhos para a produção da cooperativa foi a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em 2019, através do extensionista rural e agrônomo, Antônio Henrique dos Santos, que percebeu o potencial do aipim plantado em Itajaí. “Aquela região abrigava uma floresta e há cinco mil anos o mar avançou até ali. A vegetação apodreceu e criou esse solo rico em matéria orgânica que faz com que o aipim plantado ali seja mais saboroso, nutritivo e macio”, explica o agrônomo.

Que o famoso aipim da terra preta era diferenciado, isso já era de conhecimento de muitos itajaienses, no entanto, a partir de então iniciaram-se duas frentes de trabalho, uma para comprovar cientificamente as propriedades do aipim e outra para obter uma certificação que agregasse valor ao produto e o tornasse mais rentável para os cooperados.

Além da Epagri, juntaram-se ao projeto a Univali e a Prefeitura de Itajaí, que estão levando adiante os testes para a comprovação das propriedades que tornam o aipim da terra preta um produto único. Na outra frente, na busca pela certificação, a cooperativa tem recebido o apoio tanto financeiro como técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “Nós temos uma consultora que está conduzindo todo o processo operacional, faz relatórios, encaminha as coletas para os exames na Univali, ela intermedia todo o processo”, explica a gestora de projeto de Agronegócio do Sebrae em Itajaí, Onilia Manetti.

Carlinhos, o presidente da Cooperar, ressalta a importância do trabalho do Sebrae nesse movimento de registro. “Eles estão nos ajudando em tudo praticamente, na certificação, nas pesquisas científicas, nos laudos técnicos”, conta. A consultora do Sebrae responsável pelo processo, Ester de Jesus, explica que, no momento, a equipe trabalha com o estudo para a comprovação da qualidade do aipim, ajustes jurídicos no estatuto da Cooperar para que ela possa pleitear o registro junto ao INPI e ainda a realização de atividades para que seja divulgado o aipim da terra preta com o objetivo de agregar valor ao produto. “Estamos dependendo, basicamente, da finalização do estudo que vai provar esse diferencial para dar sequência nas questões legais para submeter o pedido ao INPI e aguardar, pois a conclusão do processo pode levar cerca de um ano”, explica.



Apoio ao cooperativismo

O Sebrae também oferece cursos, treinamentos e consultorias para cooperativas com foco em gestão, finanças, marketing, vendas e outros temas relevantes. Também desenvolve projetos para fortalecer o cooperativismo, como a criação de redes de cooperativas, o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores, e a busca por novos mercados, a exemplo do Cooperar.


 






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