Crime sem solução

Sueco que matou conterrâneo em BC ainda não tem data pra ser julgado

Ministério Público aguarda tradução de dados dos celulares

Acusado do assassinato era sócio da vítima (Foto: Arquivo)
Acusado do assassinato era sócio da vítima (Foto: Arquivo)

Quase um ano e meio após o assassinato do sueco Jonathan Jensen, de 21 anos, o acusado pelo crime, que também é sueco, segue em liberdade. Ainda sem denúncia pelo Ministério Público, não há qualquer previsão para o júri popular acontecer. 

Jonathan Jensen foi morto a facadas na noite de 15 de novembro de 2023, no bairro da Barra, em Balneário Camboriú. O crime foi numa casa na rua Ildefonso Manoel Martins. O corpo de Jonathan foi encontrado pelos policiais no chão da cozinha, ao lado de uma faca. As testemunhas apontaram que o suspeito seria Mans Oscar Troller Melander, de 24 anos, também sueco e sócio da vítima numa empresa de marketing.

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O acusado fugiu com o carro de Jonathan, um Mercedes CLA 250, mas foi localizado e preso em São José, na grande Florianópolis, por volta das 20h do mesmo dia. Três pessoas estavam no carro: o acusado pelo assassinato, que confessou o crime, e dois advogados. Todos foram levados para a delegacia.

O acusado do crime chegou a ter a prisão preventiva decretada pela justiça, mas foi solto em dezembro de 2023. Ele foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica e teve o passaporte apreendido.

Segundo o delegado Vicente Soares, da Divisão de Investigação Criminal, a investigação já foi concluída e enviada ao Ministério Público. “O homem apontado como culpado pelo crime foi o mesmo preso em flagrante no dia do crime. A motivação seria o fato de o suspeito não aceitar o fim da sociedade”, informou o delegado.

Mesmo com a prisão em flagrante, ainda não houve denúncia formalizada pelo MP e não há data para o júri popular acontecer. De acordo com a assessoria de imprensa do MP, o caso tramita na 2ª Promotoria de Justiça de Balneário Camboriú, mas faltam diligências antes da denúncia.

A justiça quer confirmar a motivação do crime e, para isso, determinou a nomeação de uma tradutora, já que os envolvidos não são brasileiros. Os dados extraídos dos celulares da vítima e do acusado serão anexados ao processo.

A demora na conclusão do processo levou o diretor de cinema norueguês Gunnar Hall Jensen, que é pai da vítima, a escrever uma carta à Embaixada da Suécia no Brasil, cobrando agilidade nas investigações sobre a morte de Jonathan. O pai alega não ter acesso às informações do processo e informa que quer vir ao Brasil para acompanhar o julgamento do assassino.

O advogado Rodrigo Faucz, que defende Mans Oscar, informou que seu cliente confia que o judiciário continuará conduzindo o caso de maneira justa, garantindo que o processo transcorra dentro das normas processuais. “Como restou comprovado pelos elementos do inquérito policial, o acusado não deve sequer ser encaminhado à júri popular”, afirmou, em nota, sem informar detalhes sobre o caso.



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