Barra Velha amanheceu nesta terça-feira, com a chegada de vários agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, ao integrar a Operação Remap, deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. A ação é contra organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

A operação apurou o envio de grandes quantidades de drogas ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina, e a movimentação de dinheiro sujo por integrantes do bando. Até o fechamento da matéria, 13 pessoas foram presas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, mas não houve confirmação de ninguém preso em Barra Velha. Foram apreendidas ainda armas, munições, drogas, grana viva, celulares, veículos e motocicleta.

Foram cumpridas 54 ordens de busca e apreensão e 18 mandados de prisão preventiva. Além de Barra Velha, outras 14 cidades, incluindo Cruz Alta, Santa Maria, Porto Alegre, Foz do Iguaçu, São Paulo estavam no foco dos agentes, e também outros municípios do litoral catarinense, cujas cidades não foram divulgadas.

De acordo com o delegado Ricardo Drum Rodrigues, o inquérito foi instaurado após a apreensão de R$ 88.860,00 com um dos investigados, no estado gaúcho. A partir da análise do material apreendido, foi possível confirmar o envolvimento direto dos investigados com a estrutura criminosa organizada, voltada ao tráfico e à lavagem de capitais.

Segundo o delegado, em aproximadamente dois anos, o bando movimentou mais de R$ 40 milhões por meio de empresas e pessoas físicas utilizadas para maquiar a origem do dinheiro. Só em Cruz Alta, foram enviados mais de 100 quilos de cocaína. Também houve ampla distribuição de drogas sintéticas, com origem identificada em cidades do litoral catarinense.

Durante o período de investigação, membros da organização já tinham sido presos em flagrante, resultando na apreensão de cerca de 35 quilos de cocaína e 20 quilos de crack. A operação teve o apoio da polícia Civil do Paraná e de Santa Catarina.