No dia 1º de abril deste ano, o empresário T.J.B., de 41 anos, decepcionado com as inúmeras tentativas de manter o filho de três anos na rede municipal de Itajaí, optou por transferir a criança para uma creche particular. Entre os motivos para a mudança estão a falta de professores na creche Cândida Vargas, no bairro Cabeçudas, a falta de estrutura e a percepção, segundo ele, de que não havia evolução no aprendizado da criança. “Infelizmente não podemos depender do poder público. Fiquei muito decepcionado com a educação de Itajaí”, contou ao DIARINHO.
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O menino frequentou a escolinha em dois períodos: entre janeiro e agosto de 2023 e, novamente, de setembro de 2024 a 31 de março de 2025. “Até o final do mês passado, a situação estava complicada ...
O menino frequentou a escolinha em dois períodos: entre janeiro e agosto de 2023 e, novamente, de setembro de 2024 a 31 de março de 2025. “Até o final do mês passado, a situação estava complicada. Falta de qualidade do ensino, com a falta de professores não estava sendo aplicado o conteúdo pedagógico, percebemos que nosso filho não estava evoluindo no aprendizado”, relatou.
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“As crianças ficavam apenas brincando e vendo desenho. Muitas crianças em uma única sala, em torno de 25. As professoras, guerreiras, se desdobravam para dar conta e acabavam adoecendo e pedindo afastamento. As professoras e as diretoras tinham que fazer a limpeza da escola”, completou.
Após sucessivas faltas de professores e problemas estruturais, os pais decidiram pela transferência. “Meu sentimento é de decepção. Sou um pequeno empresário, contribuo com a cidade, pago impostos, dou empregos, mas não tive opção”, desabafou o pai.
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Para matricular o filho na escola particular, a família precisou reduzir o tempo de permanência do menino na instituição e também se virar nos 30 no trabalho. Como não consegue arcar com os cerca de R$ 1600 cobrados para o período integral, a criança estuda apenas meio período, por R$ 880. “No CMEI Cândida Vargas ele ficava integral, agora estamos nos virando do jeito que dá”, lamentou.
A secretaria de Educação de Itajaí ainda não informou se os problemas relatados pelo pai, como falta de professores e estrutura, já foram resolvidos, mas ficou de publicar uma nota oficial sobre o assunto.