AUDIÊNCIA PÚBLICA

Moradores pedem escola técnica no local de antigo presídio em Itajaí

Prefeito prometeu atender pedidos da comunidade

Audiência na Câmara ouviu moradores sobre o futuro de terreno no Matadouro (Foto: Davi Spuldaro/CVI)
Audiência na Câmara ouviu moradores sobre o futuro de terreno no Matadouro (Foto: Davi Spuldaro/CVI)
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A maioria dos moradores do bairro Nossa Senhora das Graças, em Itajaí, quer a construção de uma escola técnica, com cursos gratuitos para a população, no terreno do antigo presídio do Matadouro, demolido no mês passado. A manifestação da comunidade foi em audiência pública na segunda-feira, na Câmara de Vereadores de Itajaí.

Também foi discutida a possibilidade de construir um posto de saúde na área. No entanto, a prefeitura informou que já existe um projeto aprovado pelo

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Também foi discutida a possibilidade de construir um posto de saúde na área. No entanto, a prefeitura informou que já existe um projeto aprovado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que prevê uma unidade de saúde em terreno próximo. As informações coletadas na audiência estarão em um relatório que será elaborado em até 10 dias.

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O próximo passo é enviar o documento pro prefeito Robison Coelho (PL). Presente na reunião, Robison adiantou que uma equipe técnica vai analisar todas as questões. A ideia é que as sugestões da comunidade sirvam de base para o município decidir sobre o futuro do terreno. A própria prefeitura tinha propostas para a área, como construção de creche, espaços culturais e até uma escola cívico-militar.

O prefeito Robison comentou sobre as ações que o município tem feito no bairro desde o início do ano, com obras de infraestrutura, saneamento, segurança e serviços. Ele prometeu atender ao pedido da comunidade, garantindo também que o município vai construir o posto de saúde no bairro mesmo se, por algum motivo, não vier recurso do governo federal para a obra pelo PAC.

“Nós estamos cuidando do Nossa Senhora das Graças e da Vila da Paz como nunca cuidaram nesta cidade. Tinha governo de esquerda que dizia que defendia pobre, mas nunca fez nada por essas comunidades. Nós pacificamos a comunidade, nós levamos segurança, nós derrubamos o presídio e agora nós vamos dar posto de saúde, nós vamos fazer a escola técnica. Nós vamos fazer aquilo que for mais importante pra vocês”, discursou na audiência.

A vereadora Liliane avaliou que a demolição do presídio foi um marco histórico. A unidade prisional inaugurada em 1983, funcionou por 36 anos até a desativação, em 2019. Desde então, a comunidade espera por um projeto de revitalização da área. Liliane ressaltou que a opinião dos moradores seria a mais importante sobre a destinação do local.

“Quase seis anos se passaram desde a desativação e a convivência com aquele esqueleto, aquela sombra do presídio. Então, nós abrimos esse espaço, numa oportunidade única e verdadeira de repensar e ressignificar esse espaço, transformando-o em algo que atenda às necessidades reais da população”, comentou.

“A educação é o que vai mudar esse bairro”, diz morador

Audiência na Câmara ouviu moradores sobre o futuro de terreno no Matadouro (Foto: Davi Spuldaro/CVI)

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Durante a audiência, um dos moradores, Osmarildo, apoiou a ideia de uma escola técnica, num modelo de período integral, que garantiria a formação regular e prepararia os alunos para o mercado de trabalho. Ele lembrou que a unidade poderia ser semelhante à que existia no Dom Bosco, com cursos de marcenaria, mecânica, pintura, panificação e eletricista.

“Porque a maioria daqui é pai e mãe e seu filho fica meio período na escola e o outro meio período fica sem fazer [nada]”, opinou. “O tempo integral na escola é o mais certo. A educação é o que vai mudar esse bairro. Eu nasci e me criei ali, tenho 55 anos. Pra mim fez falta a educação, me preparar, ser um profissional pra poder entrar no mercado de trabalho”, relatou, lembrando as dificuldades da população.

Outros moradores sugeriram que a escola funcione com ensino fundamental durante o dia e ofereça cursos técnicos à noite. Também houve a proposta que a unidade seja um complexo, agregando creche, atividades de esportes e de contraturno escolar. Além do destino do terreno, os moradores pediram melhorias no serviço de coleta de lixo e de transporte público, e avanços no processo de regularização fundiária.

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A audiência foi comandada pela vereadora Liliane Fontenele (PL), autora do pedido pra que o evento acontecesse. Participaram da mesa de debates o prefeito Robison, o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar de Itajaí, tenente-coronel Ciro Adriano da Silva, secretários municipais e a presidente da Associação de Moradores do Nossa Senhora das Graças, Camila Faustino.

Durante o encontro, os convidados falaram sobre a expectativa de revitalização da área e das obras previstas para a região. Após as falas das autoridades, moradores do bairro participaram com sugestões para a ocupação do terreno. A ideia de uma escola técnica ganhou a adesão da maioria dos presentes.

A presidente da associação destacou que só a demolição do presídio já trouxe alívio pros moradores e comemorou a oportunidade de a comunidade poder decidir o que fazer do espaço. “Vamos lutar e investir no futuro. A minha opinião seria uma escola. Vamos fazer essa comunidade renascer, uma comunidade que foi esquecida por muito tempo e agora é o momento de novos projetos e novas visões”, disse.

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A presidente da Associação de Moradores do Nossa Senhora das Graças, Camila Faustino, defende a ideia da escola (foto: Davi Spuldaro/CVI)
A presidente da Associação de Moradores do Nossa Senhora das Graças, Camila Faustino, defende a ideia da escola (foto: Davi Spuldaro/CVI)

 



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