Com cinco novos casos por mês, Camboriú é a terceira em casos de AIDS no Brasil
Saúde confirma 500 pacientes em tratamento
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]
Fotos Divulgação e Reprodução
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O Boletim Epidemiológico HIV e Aids do Ministério da Saúde de 2024 posicionou a cidade de Camboriú num patamar preocupante em termos nacionais. A cidade está em terceiro lugar de casos de Aids no Brasil, ficando atrás apenas de duas importantes cidades gaúchas: Canoas e a capital, Porto Alegre.
O boletim é publicado anualmente pelo Sistema de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, e foi divulgado em dezembro do ano passado pela equipe técnica da ministra Nisia Trindade, apresentando informações detalhadas sobre os casos de HIV no país.
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Camboriú, com 103 mil habitantes segundo dados do IBGE, apresenta o índice de 6,4, contra 6,6 de Porto Alegre e 6,8 de Canoas. Esse índice não se refere ao número de casos, mas a uma percentagem – representa a taxa média de detecção de Aids na população nos últimos três anos. Os números da própria Saúde local confirmam um total de 500 pacientes em tratamento, e cinco casos novos ao mês.
Neste mesmo ranking, Palhoça aparece na 8ª posição e mais outras duas cidades catarinenses figuram entre as 30 cidades com maior infecção da doença – porém, em patamares abaixo de Camboriú e Palhoça: Lages na 15ª e Itajaí na 22ª posição.
As fontes utilizadas para a obtenção dos dados incluem as notificações compulsórias de casos de HIV e Aids no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e os registros de mortes atribuídos à Aids no Sistema
de Informações sobre Mortalidade (SIM), além de outros dados e estatísticas importantes, segundo informou Draurio Barreira, coordenador geral do estudo.
Especificamente em 2023, foram notificados 46.495 casos de infecção pelo HIV no Brasil, representando aumento de 4,5% em relação ao ano anterior – o ano de 23 serviu para a finalização dos números de 24. Desses casos, 63,2% eram de pessoas autodeclaradas negras.
Secretário explica fatores
O secretário adjunto de Saúde Camboriú, Alexandre Santos, confirmou ao DIARINHO ter conhecimento do relatório nacional, e também o número de 500 portadores do HIV em tratamento – com predominância de contaminação entre jovens.
Segundo ele, o Centro de Diagnóstico LOCAL recebe em média cinco casos novos ao mês. “Alguns fatores explicam os índices; a população vem crescendo e é ao mesmo tempo, cidade litorânea, portuária e dormitório de sua vizinha, Balneário Camboriú”, observa o secretário.
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Em termos de ações de combate, Camboriú aumentou a testagem nas 12 unidades de saúde, hospital e Centro de Diagnóstico e Tratamento (Cedit). “Em todas essas unidades é disponibilizado o teste e feito o acolhimento do paciente; o acompanhamento regular é feito pelo Cedit”, detalha.
Alexandre revela que a maioria dos diagnósticos locais se refere à transmissão sexual - não é frequente a transmissão vertical, de mãe para filho. O secretário frisa que o prefeito Leonel Pavan (PSD) já cobrou não só maior testagem, mas maior orientação, ação em repartições públicas e privadas e palestras na rede de educação municipal.
Em 2023, o número de mortes por Aids no Brasil foi de 10.338. O Sul registrou um total de 101.441 casos (18,7%), e em Santa Catarina foram notificados 814 casos em 2024.
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