Santa Catarina terá novidade sobre a informação de balneabilidade nas praias. Mas não é uma ação contra a poluição das águas e, sim, na forma de divulgar as informações das condições do mar e rios. O projeto prevê mudanças nas placas, que não terão mais a indicação de “própria” ou “imprópria” para banho, apenas um site e um QR Code pra acessar o relatório na internet.

A mudança do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), responsável pelas análises da qualidade da água, seria motivada por ato de vandalismo nas placas atuais. O órgão registra casos de placas quebradas ou retiradas dos locais e pichações, além da colocação de adesivos falsificados que adulteram a indicação de praia “imprópria” para “própria”, enganando os banhistas.

Atualmente, as placas são fixadas em 238 pontos de praias com balneabilidade monitorada em 28 cidades. A sinalização recebe um adesivo de “própria” ou “imprópria” conforme o resultado das análises do IMA. O aviso muda após quatro análises seguidas de balneabilidade positiva ou negativa. O relatório é divulgado semanalmente. Os dados das coletas e o histórico das avaliações ficam disponíveis pra consulta no site do IMA.

É pra esse site que o QR Code a ser colocado nas novas placas vai direcionar os banhistas. O endereço da página também estará escrito na placa. Tanto o acesso direto ao site como a leitura do código dependem de a pessoa ter um smarphone à mão e disponibilidade de internet, sendo mais restritivo que o tradicional formato de divulgação.

As novas placas com o desenho do QR Code e a inscrição do site já estão em processo de compra pra começar a serem instaladas. A princípio, o IMA prevê adotar a mudança num projeto-piloto pra depois estender o modelo pra todas as praias monitoradas. O órgão defende que a consulta via site ou pelo QR Code é mais fácil e permite que os banhistas tenham a informação mais atualizada sobre a qualidade de água.

Por trás da medida estaria o interesse de comerciantes que sentem prejudicados pelos avisos de condições “impróprias” nas praias e por atos de vandalismo que adulteram as placas e afastam os turistas. O IMA não anunciou o projeto oficialmente e não respondeu os ques

Volta do monitoramento após chuvarada

O IMA retomou as coletas para análise da água nesta semana após o serviço ser suspenso na semana passada devido às fortes chuvas no estado. Antes da suspensão geral, as chuvas prejudicaram as análises das coletas do dia 16 de janeiro em algumas cidades, incluindo em BC, Itajaí, Navegantes e Penha.

O monitoramento voltou ao normal na segunda-feira, com a divulgação dos relatórios técnicos nos dias de costume, às quartas, quintas e sextas-feiras. A coleta ocorre em 282 pontos, sendo que 82 deles tem mais de uma amostra. Em Penha, Navegantes, Itajaí, Itapema, Porto Belo e Bombinhas, são duas coletas por semana. Em Balneário Camboriú, a coleta ocorre três vezes por semana.

No site do IMA na quinta constam os resultados das coletas entre segunda e quarta-feira. Em Balneário Camboriú, a Praia Central aparece com seis dos 10 pontos monitorados impróprios para banho. O relatório informa que houve influência “moderada” das chuvas ocorridas 24 horas antes da coleta. No ponto 3, em frente à rua 2000, a influência da chuva foi “intensa”.

Em Itajaí, segue poluído só o trecho da Brava em frente à lagoa do Cassino, mas não há mais placa no local. A estaca da sinalização está jogada no meio do mato. O ponto tem acumulado resultados negativos seguidos desde 29 de dezembro.

Em Penha, são sete pontos impróprios, quatro deles no Quilombo e Armação. Em Navegantes, dos quatro pontos analisados, dois estão poluídos, no Gravatá. Em Itapema, apenas um trecho está impróprio entre oito locais monitorados. Já Porto Belo tem todos os trechos limpinhos. Em Bombinhas, há dois pontos impróprios, em Bombas e no centro.