Balneário Piçarras se despediu neste domingo do cantor e ex-político Joel Miranda, o Lico, da dupla Lico e Dione, aos 74 anos. A notícia foi confirmada por familiares, mas a causa não foi informada.
Lico foi vereador entre 1997 e 2000. Ele foi presidente do poder legislativo na ocasião. Não voltou mais à política, mas continuou uma figura pública — junto da esposa Dione optou pela ...
Lico foi vereador entre 1997 e 2000. Ele foi presidente do poder legislativo na ocasião. Não voltou mais à política, mas continuou uma figura pública — junto da esposa Dione optou pela música, pela composição e pela cultura, suas grandes paixões. O casal percorria as igrejas católicas da cidade e da região levando canções católicas e populares às celebrações.
Nascido em 1950, em Penha, Lico começou a cantar desde jovem, mas há 15 anos surgiu a parceria com aquela que viria a ser a esposa, a Dione, natural de Morro Alto, em Balneário Piçarras.
Eles começaram a cantar juntos a convite do saudoso Padre Inácio, da Capela São João Batista, de Armação do Itapocoróy — em 1999 foi quando cantaram um salmo juntos e dali nasceu a parceria e o namoro, além do voluntariado permanente junto à igreja católica.
“Eu só cantava Índia. Ele perguntou se eu conhecia a Boate Azul, eu disse não. Nem a boate azul, nem a vermelha nem a amarela”, brincou, em entrevista a um podcast em 2024, para o repórter Jorge Luiz, da Rádio Marazul FM.
A ligação de Lico era com a igreja de Santo Antônio, e foi ali também que Dione começou a atuar, a convite de uma sobrinha. Mas ela não cantava a princípio e só conheceu mesmo a moda de viola quando houve o convite de Lico.
“Eu tive a felicidade de o hino oficial da cidade ser meu. Graças a Deus. Foi oficializado pela câmara municipal e se tornou realmente popular porque é oficial”, reforçou Lico, na mesma entrevista, lembrando da lei do saudoso médico e ex-vice-prefeito Luiz Fayad, que oficializou a música.
“Toda música minha eu fazia uma linha, outra linha e ia montar depois. Quase sempre quando eu trabalhava na construção, escrevia em sacos de cimento. Juntava tudo em casa e musicava”, revelou, na ocasião.
O velório teve início na tarde de domingo no plenário da câmara de vereadores. O sepultamento acontecerá nesta segunda no cemitério Jardim das Azaleias.
Lico teve oito filhos — um deles falecido — de um primeiro relacionamento e a eles se uniram os dois filhos de Dione. O cantor sempre fazia questão de frisar que ambos tinham “10 filhos no total”.