FULIGEM + CHUVA

“Chuva preta” chega a Santa Catarina

Fuligem das queimadas se mistura com a água da chuva e causa fenômeno que deve acontecer também no litoral

Fumaça pode persistir por semanas e está difícil enxergar o céu
 (Foto: Laura Testoni)
Fumaça pode persistir por semanas e está difícil enxergar o céu (Foto: Laura Testoni)
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Santa Catarina registrou “chuva preta” nessa quinta-feira. O fenômeno, observado em Maravilha, no oeste catarinense, é resultado da mistura de fuligem, cinzas presentes na atmosfera  (vindas das queimadas do centro-norte do Brasil), misturadas à chuva.

A Central de Monitoramento da Defesa Civil já havia previsto a ocorrência da chuva preta, uma vez que o oeste e extremo oeste de SC são as regiões com maior concentração de ar contaminado pelo fenômeno.

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A frente fria deve se aproximar do litoral a partir desta sexta-feira, aumentando a chance de “chuva preta” no litoral. Meteorologistas da Defesa Civil explicaram que a coloração escura não é perceptível enquanto cai da atmosfera, sendo mais visível após a chuva chegar no solo.

A Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, o Instituto do Meio Ambiente (Ima) e a Secretaria de Estado da Saúde publicaram uma nota conjunta, alertando que a baixa qualidade do ar pode causar irritação nos olhos, nariz e garganta, além de cansaço e tosse seca.

O documento alerta ainda sobre os riscos que a baixa umidade relativa do ar e a poluição atmosférica podem trazer à saúde, como desidratação e agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes.

 

O QUE FAZER?

Beba água regularmente, mesmo sem sentir sede

Utilize umidificadores de ar ou recipientes com água para melhorar a umidade dentro de casa ou em ambientes internos

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Evite atividades ao ar livre, especialmente nos horários de maior concentração de poluentes

Se os sintomas respiratórios ou irritações persistirem, é aconselhável procurar assistência médica

 

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Queimadas ocorrem no centro-norte, mas chegam ao sul

O engenheiro sanitarista e ambiental Victor Valente Silvestre explica que não é comum a qualidade do ar ser tão afetada na região sul. “Mas os ventos predominantes em alta altitude, muitas vezes, não conseguem passar pela Cordilheira dos Andes e acabam sendo redirecionados para o sul”, explica.

Segundo Victor, essa fumaça é composta por partículas finas de fuligem que permanecem na atmosfera, bloqueando a passagem da luz solar e criando um microclima de efeito estufa. “A luz solar, que seria naturalmente refletida para a atmosfera, acaba sendo devolvida à superfície. Isso resulta em um ar mais pesado e de baixa qualidade para a saúde humana”, complementa.

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Nem Victor Silvestre nem o climatologista da Univali, Sergey Araújo, arriscaram informar quanto tempo a fumaça persiste no sul, mas concordam que as condições climáticas influenciarão na situação.

Sergey afirmou que a previsão de chuva para o fim de semana é uma boa notícia, pois a água ajuda a “limpar” o ar. “A chuva limpa a atmosfera, mas, logo em seguida, os ventos vindos do quadrante norte podem trazer a fumaça de volta”, diz.

“A previsão meteorológica não indica grandes volumes de chuva nas áreas afetadas pelas queimadas. Por isso, é possível que o fenômeno persista por mais algumas semanas, ou até durante o próximo mês”, acrescenta Victor Silvestre.

O engenheiro destaca que as queimadas são um problema global e que políticas públicas para resolver a questão ambiental são essenciais.  Ele ressalta que a tecnologia pode ser uma grande aliada para identificar focos de incêndio e infratores que incendeiam ás áreas propositalmente. “Temos focos naturais e outros provocados por ação humana”, finalizou.






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