Travessia ITAJAÍ-NAVEGANTES

Governo do Estado não libera revisão da tarifa do ferry desde 2017

Serviço da balsinha da Barra do Rio pode parar aos domingos

Estado não repassa valores das gratuidades, que são bancadas pela empresa (foto: divulgação)
Estado não repassa valores das gratuidades, que são bancadas pela empresa (foto: divulgação)

Há sete anos a tarifa do ferry-boat que faz a travessia entre Itajaí e Navegantes não sofre reajuste. A notícia pode até ser boa para o bolso dos usuários, mas acarreta uma série de problemas para a NGI Sul, empresa que administra as balsas, e que já admite restrições no serviço para cortar custos. O resultado é o risco de paralisação em parte do serviço, redução no número de funcionários e infraestrutura limitada.

Paulo Henrique Weidle, diretor da NGI Sul, conta que o último reajuste foi em 2017. Desde então, a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e a Secretaria de Estado ...

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Paulo Henrique Weidle, diretor da NGI Sul, conta que o último reajuste foi em 2017. Desde então, a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) e a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade não autorizaram mais qualquer aumento no valor da passagem. Segundo o diretor da NGI, a falta de revisão na tarifa é justificada pelo Estado devido à forma contratual em que a NGI Sul atua. A empresa administra o serviço de travessia fluvial através de uma autorização desde 1985. O Estado teria a intenção de licitar o serviço, mas ainda não concluiu o edital. "Com ou sem a licitação, o fato é que o serviço de travessia está sendo ofertado à comunidade, os gastos da empresa aumentaram ao longo dos anos e o reajuste não é concedido", afirmou Paulo. Atualmente, a travessia de carro, por exemplo, custa R$ 9,05.

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Lei estadual concede gratuidade

Há uma lei em Santa Catarina que assegura a gratuidade da travessia para pessoas com deficiência ou em tratamento quimioterápico ou renal. No ferry-boat entre Itajaí e Navegantes, a NGI Sul afirma que são mais de 600 gratuidades por dia (entre veículos e pedestres). Essas travessias deveriam ser custeadas pelo Estado, como acontece com o programa Passe Livre. A diferença é que o programa que beneficia moradores e estudantes de Itajaí e Navegantes é parcialmente custeado pelo Estado, mas a gratuidade para PCDs e pacientes embora seja 100% responsabilidade do Estado,  não tem contrapartida. A dívida ultrapassa R$ 4 milhões, segundo os cálculos divulgados pela empresa.

Contas no vermelho

O diretor Paulo Henrique explicou que, além de a empresa ter que custear uma gratuidade ofertada pelo Estado sem qualquer contrapartida, a NGI Sul está bancando o déficit. Desde 2017, houve aumento nos insumos, como óleo diesel, lubrificantes e barras de ferro utilizadas para manutenção das estruturas e embarcações. Outro custo alto para a NGI Sul é a folha de pagamento dos funcionários, que corresponde a mais da metade dos gastos.  Manter a infraestrutura das plataformas e embarcações também traz custo elevado à empresa.

Com o prejuízo no orçamento, o diretor não descarta que as travessias de ferry-boat entre os centros das cidades sejam paralisadas durante a madrugada, período em que há pouquíssimo movimento e o serviço  "não se paga". O mesmo deve acontecer com a balsinha entre os bairros Barra do Rio e Machados, que liga Itajaí e Navegantes, ao menos aos domingos. "Ao mesmo tempo que dizem que o contrato da empresa, por ser uma autorização, precisa ser revisto e licitado, e por isso não há o reajuste, nos cobram serviços eletrônicos, impõem gratuidades sem contrapartida e ainda cobram tributos em cima disso", questiona o diretor da NGI.

Entre os tributos citados pelo diretor, o principal é o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ele é cobrado pelo estado da empresa, mas não é aplicado na tarifa final ao consumidor. "Isso traz mais custos ainda para a empresa", conclui.






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Comentários:

João P. Paulo

10/09/2024 07:24

Há uma grande quantidade de filas, um serviço deficiente e uma infraestrutura precária. Os usuários têm plena consciência do nível do serviço. Se não estiverem satisfeitos, que saiam e deixem outra empresa assumir. A travessia mais cara por metro atravessado no Brasil tende a diminuir e a infraestrutura será melhorada. Embora não seja possível confirmar, há indícios de que, apenas a operação da Balsa (Barra do Rio e Machados) arca com uma grande partes dos custos totais.

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