Foram três casos de furtos nas últimas duas semanas. Uma lojista relatou que o comércio dela ficou sem energia por três vezes em uma semana. Os prédios abandonados têm materiais furtados e viraram abrigo de andarilhos e usuários de drogas.
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Após as reclamações, a construtora que comprou os imóveis fez uma limpeza no local e colocou tapumes nas entradas para os prediozinhos, inclusive no acesso dos fundos, pela rua 15 de Novembro. A empresa ainda espera a autorização pra retomar a demolição e iniciar a construção de um novo empreendimento.
A falta de autorização do Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (CMPC) barrou as demolições no final de maio. Os imóveis ficam em frente à Casa Burghardt e ao 2º Tabelionato de Notas e Protestos de Itajaí. Segundo a Secretaria de Urbanismo, a autorização é necessária porque os prédios estão no Centro Histórico da cidade e próximos de imóveis tombados, com a Casa Burghardt.
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A retomada das demolições só será possível com parecer favorável do conselho após análise das documentações. “A Auditoria Fiscal informa que a legislação só contempla fechamento e cercamento de terrenos baldios. O município aguarda o parecer do Conselho do Patrimônio Histórico para conceder a licença de demolição”, esclareceu a secretaria.
Os imóveis vão abrigar um novo condomínio. Os terrenos foram comprados pela Construttore Empreendimentos, que vai erguer o Marina Sky no endereço. A torre terá 52 apartamentos, com apartamentos voltados para a Lauro Müller e outros para a rua 15 de Novembro.
Abordagem social
Quanto à presença de moradores de rua e invasores no local, a questão seria de competência das secretarias de Assistência Social e de Segurança. O diretor de Assistência Social de Itajaí, Amarildo Sartor, disse que, neste caso, a responsabilidade é do proprietário ou da construtora que comprou. “Trata-se de imóvel particular”, frisa.
Ele destaca que a falta de providências pode gerar multa. Uma das medidas seria a colocação de tapumes pra fechar o acesso ao imóvel enquanto a empresa espera pela autorização de demolição, o que já ocorreu. No que compete à assistência, Amarildo disse que a ação das equipes é limitada.
“O nosso serviço da Abordagem Social não tem o que fazer, porque nós não podemos invadir terrenos particulares. É complicado, mas a gente acaba indo, fazendo um primeiro atendimento. Inclusive neste imóvel a gente já foi. Pedimos pra eles não ficaram ali, que tem denúncia e tal, mas a responsabilidade é do proprietário”, reforça.
Mesmo com a limitação, o diretor explica que o serviço não deixa de atender. Em imóveis particulares, há ações junto com a Polícia Militar. “A gente está visitando. Quando tem alguma denúncia, a gente chega lá, juntamente com a Polícia Militar. A única coisa que a polícia manda fazer é sair dali. Mas eles saem e voltam”, comenta.
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