FIM DO MISTÉRIO
Preso “tio” acusado de matar líder indígena Ariel Paliano
Assassino foi casado com a tia da vítima e também é acusado de tentar matar a companheira
Franciele Marcon [fran@diarinho.com.br]
O acusado do assassinato de Ariel Paliano, de 26 anos, líder indígena da comunidade Bonsucesso, no território Xokleng, foi preso em Xanxerê na sexta-feira. O homem de 24 anos tinha fugido para o oeste catarinense após desconfiar que a polícia ia chegar até ele. A ordem de prisão temporária foi cumprida por policiais federais de Itajaí.
O acusado era casado com a tia de Ariel, de 58 anos. A tia, o marido, o sobrinho e outro homem estavam em uma churrascada quando Ariel foi morto em José Boiteux. O corpo foi encontrado às margens da SC 477, entre os munícipios de Itaiópolis e José Boiteux, no dia 26 de abril. A vítima tinha ferimentos na cabeça e o corpo parcialmente queimado.
Com o inquérito policial, a PF descartou que a morte tivesse ligação com a atuação da liderança indígena ou com algum conflito fundiário na terra indígena Xokleng. Nesta semana, a justiça autorizou a prisão do acusado que já tinha fugido para a casa de parentes em Xanxerê. A PF vai prosseguir com as investigações pra desvendar os motivos da morte cruel.
Na segunda semana de maio, a PF já tinha cumprido duas ordens de busca e apreensão na casa da tia de Ariel e também na casa onde ele morava com um colega. A PF apreendeu telefones celulares e roupas que podem ter sido usadas pelos assassinos.
Deu surra na esposa
Além da morte de Ariel, o acusado responde pela tentativa de assassinato da mulher. No dia 12 de maio, ele tentou matar a tia de Ariel. A vítima, que mantinha um relacionamento há três anos com o agressor, levou várias pauladas no rosto, cabeça, costas e peito, e precisou ser hospitalizada. A PF suspeita que a surra já tenha sido motivada pela morte de Ariel.