A comunidade vizinha ao complexo Cidade da Criança, um centro educacional complementar da rede municipal de ensino de Navegantes, está preocupada com a segurança da escola que, de acordo com moradores, é precária. A prefeitura explica que já está fazendo orçamentos para reforçar os muros. 

Localizada no bairro Volta Grande, nas imediações da BR-470, a Cidade da Criança está vulnerável porque, mesmo após o ataque ocorrido à creche na cidade de Blumenau, em abril de 2023, não houve investimento na proteção de quem estuda no local. A afirmação é de R.D., pai de aluno e morador da região.

O muro baixo, de acordo com o morador, facilita a entrada de estranhos na unidade de ensino. A escola tem vários projetos educacionais, principalmente relacionados à formação de crianças durante o contraturno. R. informa que a preocupação é também por conta do alto fluxo de pessoas nas marginais da BR-470, especialmente moradores de rua.

R. frisa que não quer deixar estigmatizado o morador de rua, mas que se preocupa com esta situação. Segundo ele, há muitas valas no entorno da Cidade da Criança e, neste espaço, pessoas mal-intencionadas podem ficar escondidas, esperando a hora de invadir o local.

“Há uns dois anos, outros moradores publicaram vídeos na internet, já denunciando a situação. Eu arquivei esses vídeos, e agora, todo esse tempo depois, a situação continua a mesma, parece que o vídeo foi gravado ontem”, critica o pai. 

Também de acordo com R. D., a intenção da comunidade é organizar um abaixo-assinado para solicitar ao prefeito Libardoni Fronza, o Liba (PSD), a ampliação dos muros.

R. também lembra que além do ataque à creche de Blumenau, Itajaí divulgou na semana passada que já houve cinco prédios públicos invadidos por bandidos interessados em armamentos de guardas que fazem o monitoramento de prédios públicos. O temor do morador é que esta situação também possa despertar a atenção de suspeitos que circulam próximos ao espaço educacional. 

Ganhou câmeras

A prefeitura de Navegantes, ouvida pelo DIARINHO, informou que está orçando a ampliação dos muros para providenciar a construção. A administração não apontou prazos, mas citou que por conta da onda de violência contra escolas e creches, a Cidade da Criança recebeu três câmeras de monitoramento – duas na área externa e uma interna.

“Desde o ano passado, a gestão vem investindo na infraestrutura das escolas focando na segurança, como aumento ou construção de muros nas unidades escolares, instalação de câmeras, campainhas, portões eletrônicos, entre outras ações”, explicou a nota repassada pela assessoria de comunicação.