Uma cena de cortar o coração movimentou a região do posto Universitário, às margens da avenida Contorno Sul, na entrada do bairro Nossa Senhora das Graças, em Itajaí, na madrugada de domingo. Uma mãe sob efeito de crack carregava uma bebezinha de um ano desfalecida no colo, com outra criança de três anos chorando ao lado delas na avenida. A mulher gritava muito e chegou a jogar uma das crianças na caçamba do lixo.
O caso foi atendido pelo Samu, Polícia Militar e Conselho Tutelar de Itajaí por volta de uma hora da manhã. Pelo relato de populares, a mãe saiu pela rua gritando com a bebezinha desfalecida ...
O caso foi atendido pelo Samu, Polícia Militar e Conselho Tutelar de Itajaí por volta de uma hora da manhã. Pelo relato de populares, a mãe saiu pela rua gritando com a bebezinha desfalecida no colo. A criança de três anos, chorando, corria atrás.
“A criança de um aninho estava desmaiada, ela falava que a criança estava morta. Uma viatura estava no posto e o policial socorreu a criança que realmente estava desacordada. O PM foi fazendo os primeiros socorros”, conta a conselheira Graziela Eskelsen, que foi acionada para atender a ocorrência.
Populares contaram que a mãe, ao chegar perto do posto, disse que a bebezinha tinha desmaiado porque inalou fumaça. Eles acreditam que a criança possa ter sido exposta à fumaça do crack.
A bebezinha acordou nos braços dos socorristas após os primeiros socorros. Ao ver o Samu, a mãe queria fugir levando as filhas, mas a PM impediu a retirada das crianças do local. “A mãe então jogou a bebê em uma lixeira e tentou sair correndo com a maior, mas a largou no meio da rua e a criança quase foi atropelada”, conta uma testemunha.
O Conselho Tutelar não conseguiu localizar a mãe que sumiu do local. “As crianças foram levadas para um abrigo. A criança menor estava somente de fralda. O conselho já sabe o nome da mãe e das crianças e aguarda a família fazer contato”, informou a conselheira.
O Conselho Tutelar fará um relatório à justiça sobre o ocorrido. “Até a tarde deste domingo ninguém procurou pelas crianças e elas seguem acolhidas no abrigo”, completou.
A família, que seria moradora do bairro Cidade Nova, já era acompanhada pelo Conselho Tutelar do centro. A mãe tem 24 anos e teria ainda um terceiro filho.