MERCADO DE TRABALHO
Cresce a liderança feminina no Brasil
Mulheres ocupam 17% das presidências de empresas
Ana Zigart [editores@diarinho.com.br]
Em um mundo em constante transformação, o protagonismo feminino tem se destacado como nunca. De conquistas espaciais a triunfos nos mais altos escalões corporativos, as mulheres estão redefinindo o que é possível, mostrando que seu potencial não tem limites e provando que seu lugar é onde quiser.
O ano de 2023 ficará marcado na história como um período de avanços significativos para as mulheres em diversos campos. Desde a pioneira missão à lua liderada por Cristina Koch até a vitória de Claudia Goldin no Prêmio Nobel de Economia, onde seu trabalho pioneiro desvendou os desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho rumo à equidade salarial.
No esporte, Bia Haddad se tornou a primeira tenista brasileira a alcançar o top 10 da Associação de Tênis Feminino e competir na semifinal do Roland Garros. Enquanto isso, Gabriela Benicio foi reconhecida como a melhor sommelière do mundo pelo Guia Michelin, quebrando barreiras em um setor tradicionalmente dominado por homens.
O mundo do entretenimento também viu marcos históricos, com Greta Gerwig dirigindo o filme de maior bilheteria do ano, "Barbie", e Taylor Swift com a turnê de maior sucesso de todos os tempos, a "Eras Tour". Enquanto isso, Vicky Safra tornou-se a primeira mulher a liderar a lista das pessoas mais ricas do Brasil em 2023.
Enfrentando desafios, inspirando mudanças
Apesar dos avanços, as desigualdades persistem, especialmente no que diz respeito à disparidade salarial e à representação política. Apenas 17,9% das cadeiras da Câmara dos Deputa dos são ocupadas por mulheres. Na educação, elas superam os homens em número de estudantes de ensino superior, mas ainda são minoria entre os professores das instituições. Apesar dos desafios, as histórias de superação e as conquistas alcançadas pelas mulheres continuam a inspirar e motivar gerações futuras. Em um mundo onde o potencial feminino é ilimitado, uma coisa é clara: o lugar da mulher é onde ela quiser estar.
Revolução nos negócios e na sociedade
Esses feitos notáveis ecoam além das conquistas individuais, refletindo uma mudança mais ampla na sociedade. No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que a taxa de participação feminina na força de trabalho atingiu um novo recorde de 53,3% em 2022.
Em cargos de liderança, elas representaram 39,1% em 2023, segundo o levantamento “Mulheres no Mercado de Trabalho” da Confederação Nacional da Indústria. Já nos mais altos escalões corporativos, representaram 17% das presidências de empresas no país, de acordo com o estudo “Panorama Mulheres 2023”.
Em Santa Catarina, esse impulso é ainda mais evidente, com 52% dos cargos no mercado de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática sendo ocupados por mulheres, um aumento notável desde 2018. Essa tendência se reflete também no setor industrial, onde um quarto da força de trabalho é feminina, conforme apontado pela Confederação Nacional da Indústria.