A Vara de Direito Militar da Capital mandou soltar o sargento da Polícia Militar Tadeu José de Andrade, que estava preso desde o dia 10 de novembro, acusado de torturar moradores de rua e de comandar uma operação que expulsou dezenas de andarilhos de Itajaí na direção de Balneário Camboriú.
O comando da PM de Itajaí confirmou a soltura de Tadeu. Ele segue lotado no batalhão da cidade, mas ficará afastado do serviço nas ruas. No quartel, o sargento só poderá executar serviços ...
 
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O comando da PM de Itajaí confirmou a soltura de Tadeu. Ele segue lotado no batalhão da cidade, mas ficará afastado do serviço nas ruas. No quartel, o sargento só poderá executar serviços administrativos.
A soltura atendeu pedido da defesa de Tadeu, feita pelo escritório do advogado Mathaus Agacci, de Floripa. Os defensores pediram a troca da prisão por medidas cautelares.
Além de ficar afastado das ruas, o policial não poderá usar as redes sociais e nem sair da cidade. Em nota, o advogado Mathaus Agacci disse que “a defesa técnica do sargento Tadeu José de Andrade respeita toda e qualquer decisão judicial e continuará a zelar pelas garantias constitucionais do cliente, em especial a da presunção de inocência”.
A denúncia
Tadeu coordenou a operação que, na madrugada de 31 de outubro, obrigou andarilhos, bastante feridos, a deixar Itajaí, caminhando pelas margens da BR 101 até BC, escoltados por viaturas da PM. No município vizinho, a Abordagem Social encontrou o grupo ferido e trouxe o caso à tona.
A expulsão foi 12 horas após o Centro de Direitos Humanos de Itajaí ter denunciado à corregedoria da PM 13 casos de agressões sofridas por andarilhos por parte da polícia Militar, desde o final do ano passado. O relato das denúncias foi feito a agentes de postos de saúde da cidade que atenderam as vítimas em diferentes ocasiões.
Segundo as denúncias, Tadeu voltou a trabalhar nas ruas em janeiro deste ano, após ter sido condenado por tortura em 2020. De 2020 até janeiro de 2023, ele estava afastado do serviço externo.