O vereador Fábio Luiz Fernandes Castelo Guedes (PL), o Fábio Negão, foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira. Os policiais civis cumpriram a ordem judicial próximo da casa do vereador no bairro Imaruí, em Itajaí. Além da prisão, a justiça decretou o afastamento de Fábio do seu cargo na Câmara de Vereadores de Itajaí.
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O parlamentar é investigado desde o início do ano pelo Grupo Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de fazer rachadinha com o salário de seus assessores e de ...
O parlamentar é investigado desde o início do ano pelo Grupo Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de fazer rachadinha com o salário de seus assessores e de desvio de verbas através de um projeto social que mantinha em seu bairro.
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Em junho, a operação “Contracheque”, desencadeada pelo Gaeco, cumpriu ordens de busca e apreensão na casa e no gabinete dele na câmara de vereadores. Mesmo investigado, o vereador não parou de exigir uma parte do salário dos cargos comissionados, o que motivou o Ministério Público a pedir a prisão preventiva dele – o que foi autorizado pela 1ª Vara Criminal.
A assessoria jurídica do vereador espera Fábio passar pela audiência de custódia e ter acesso ao processo para depois se pronunciar sobre o caso.
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Já a Câmara de Vereadores de Itajaí informou que foi comunicada da prisão preventiva e da suspensão do exercício da função de vereador.
“O Poder Legislativo de Itajaí informa que cumprirá integral e imediatamente a ordem judicial, afastará o parlamentar e notificará a suplente para a imediata posse no cargo”, informou, em nota, a câmara. A vereadora Dulce do Amaral assumirá a suplência na câmara.
O presidente municipal do PL de Itajaí, o advogado Denísio Dolásio Baixo, informou que o processo está em segredo de justiça e não tem informações sobre o teor do despacho da 1ª Vara Criminal da Comarca. “Sobre os fatos, ainda, quais procedimentos que serão adotados, estamos convocando o Diretório Estadual para as providencias cabíveis e a urgência que o caso requer”, informou o presidente do PL.
Investigação de “rachadinha”
No dia 30 de junho, oito ordens de busca e apreensão expedidas pela 1ª Vara Criminal foram cumpridas entre o gabinete do vereador e em sua casa. Também houve busca na casa de seus assessores e no imóvel de um empresário. O celular do vereador foi apreendido, além de outros eletrônicos e documentos.
A investigação apontava que Fábio Negão fazia o “esquema da rachadinha”. O vereador empregava em cargos comissionados amigos ou cabos eleitorais e exigia parte do salário. Também haveria desvio de valores de uma horta comunitária que ele mantinha como projeto social. Os crimes seriam de concussão (exigir, em razão da função que ocupa, vantagem indevida) e fraude em contrato público.