Crime ambiental 

Artesão denuncia morte de tartarugas em Barra Velha

Pelo menos 14 carcaças de tartarugas foram avistadas – algumas já em avançado estado de decomposição - na foz do Rio Itapocu 

14 carcaças foram avistadas na foz do Rio Itapocu 
(foto: reprodução
14 carcaças foram avistadas na foz do Rio Itapocu (foto: reprodução

Registros de um crime ambiental ficaram novamente em evidência sábado, em Barra Velha: a matança de tartarugas marinhas verdes por parte de pescadores amadores ou artesanais ao longo da orla.

Um vídeo, registrado pelo artesão e motorista Lenilson Luiz da Silva, mostra inicialmente oito carcaças de tartarugas ao longo das pedras do molhe da boca-da-barra, na Praia da Península, em Barra Velha. O morador, entretanto, frisa que avistou pelo menos outras seis. 

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A captura ilegal e a matança das tartarugas já têm alguns meses, segundo o artesão, pois o flagrante já mostra as ossadas decompostas. Uma destas tartarugas, inclusive, no momento em que Lenilson filmava, estava servindo de alimento para um lagarto na orla local.

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“Vamos fazer esse vídeo rodar, chegar às autoridades, para que todos saibam esse crime ambiental que acontece e nada é feito. Não tem fiscalização, não tem punição”, denunciou na gravação. O vídeo foi registrado na foz do Rio Itapocu, final da avenida Armando Petrelli, extremidade da Praia da Península e divisa com as cidades de Araquari e Balneário Barra do Sul.

No local, dois molhes, um para cada lado do Itapocu, servem de estrutura para fixar a foz (desembocadura), mas são também base para pescadores fixos e para a atividade da pesca amadora e artesanal na região. “O lagartinho está de barriga cheia, comendo o que sobrou de outra ossada. É triste de ver esse crime”, completou, num segundo vídeo.

Sem fiscalização

Somente neste ano, o DIARINHO já denunciou vários casos de mortandade destes reptéis marinhos. Em maio, houve denúncias de redes ilegais em Armação do Itapocoróy, Penha, mas também uma boa notícia: várias delas foram salvas no mesmo mês. Já em Barra Velha, 13 tartarugas foram encontradas mortas na orla de Itajuba.

Já em fevereiro deste ano, um piloto de paramotor flagrou duas tartarugas presas em rede de pesca fixa, próximo ao pontal norte, no Morro do Careca, em Balneário Camboriú. Em dezembro do ano passado, um flagrante em um vídeo chocante: um homem passeava com uma tartaruga morta sob o braço na Praia do Tabuleiro, também em Barra Velha.

A Fundação do Meio Ambiente de Barra Velha (Fundema) informou que os casos de animais marinhos encontrados na orla precisam ser primeiramente notificados ao Programa de Monitoramento de Praias (PMP) vinculado à Univali.

“Pela questão sanitária, para o monitoramento, prevenção e cadastro, é preciso notificar o PMP. Após isso, a secretaria de Obras é chamada para recolhimento. A Fundema acompanha, mas a legislação define que o monitoramento faça a parte inicial”, observou Giovanni Tomazelli, presidente da fundação. O PMP atende nos fones 3341-5597 ou 0800-6423341. Na Fundema barra-velhense, o zap é o (47) 9164-0017.

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