Mais segurança
Trecho da BR 470 que liga Navegantes a Gaspar está com duplicação pronta
Agora são 28 quilômetros de obras finalizadas entre os km 7 e 35
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Mais quatro quilômetros de duplicação e um viaduto foram finalizados na BR 470 em Ilhota e Gaspar, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Com a liberação, agora são 46 quilômetros de pistas duplicadas entre Navegantes e Indaial, sendo 28 quilômetros contínuos de Gaspar até a BR 101.
O avanço das obras finalizou três quilômetros no lote 1, em Ilhota, entre os km 15,6 e 18,6 da 470, que se ligam com outros trechos já entregues na região, somando agora 28 quilômetros de duplicação contínua do entroncamento com a BR 101, em Navegantes, até o km 35 em Gaspar.
A ligação facilita o acesso aos portos de Itajaí e Navegantes, aos parques temáticos e às praias da região maus turística do estado.
Em Gaspar, foi liberado mais um quilômetro de duplicação, dividido em partes separadas entre os km 36 e 39, no lote 2. O trecho passa a contar com três quilômetros contínuos duplicados.
No mesmo lote, em Gaspar, o Dnit inaugurou o novo viaduto no km 36, no acesso do bairro Margem Esquerda, melhorando a organização do trânsito local com o da BR.
Este é o quinto viaduto entregue na duplicação da BR 470 em 2023. Em abril, foram inaugurados os viadutos no km 22, em Ilhota, no km 42, em Gaspar, e no km 67, em Indaial. Já em junho, foi liberado o viaduto no km 38, também em Gaspar.
Infraestrutura
Os trechos receberam obras de pavimentação, drenagem, instalação de barreiras de proteção, sinalização vertical e horizontal, construção de alças ou acessos, vias laterais e acostamento, entre outras melhorias.
De acordo com o Dnit, as obras beneficiam mais de 23 mil motoristas que passam pelos trechos diariamente.
O órgão destaca que os trabalhos do projeto de duplicação estão com ritmo acelerado neste ano, recebendo até julho mais de R$ 125 milhões em investimentos.
Gaspar, Navega e depois Blu
No lote 1, entre Navegantes e Ilhota, a duplicação tem trechos concluídos em quase 7 quilômetros entre o centro de Navegantes e o entroncamento com a BR 101. Para a liberação, falta a conclusão de dois viadutos nos quilômetros 2 e 4 e do viaduto no km 7, junto à BR 101. As três frentes de trabalho estão com obras em andamento.
Nos locais das obras, há fluxo em pista simples ou com desvio. Com a entrega dos viadutos, a BR 470 ficará com duplicação contínua de Navegantes até Gaspar. No lote 2, em Gaspar, um novo viaduto está em obras no km 39. Já no km 35, há obras de compactação de solo para concluir a duplicação que, após concluída, será contínua até a entrada principal de Gaspar.
Depois da conclusão dos trechos em Navegantes e em Gaspar, que fazem parte dos lotes 1 e 2, os mais avançados no projeto de duplicação, o Dnit pretende concentrar investimentos na duplicação entre Blumenau e Indaial, que é o mais atrasado.
Até julho, foram investidos R$ 32 milhões no lote 3, que vai do km 44, no bairro Belchior, em Gaspar, até o km 57, na ponte do rio Testo, em Blumenau. O trecho prevê três viadutos e desapropriações. O viaduto do Badenfurt está em obras, com previsão de entrega pra janeiro de 2024.
BR 470 teve mais de 1000 acidentes
Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que até julho de 2023, foram 698 acidentes na BR 470, com 1674 vítimas, entre 45 mortos e 809 feridos, 226 deles graves. Só no trecho entre Gaspar e Navegantes, foram 101 acidentes, com 234 vítimas, oito mortes e 114 feridos, 33 deles graves. Quase metade dos acidentes (49) foi em trechos já com pista dupla, em Ilhota e Navegantes. Navegantes soma o maior número de acidentes (55), com 119 vítimas, com três mortes e 54 feridos. Gaspar vem em seguida com 33 acidentes, 74 vítimas e três mortes. Em Ilhota, foram 13 acidentes, com duas mortes entre 41 vítimas.
Em 2022, a PRF registrou 2650 vítimas em 1153 acidentes, com 73 mortes. Entre Gaspar e Navegantes, foram 211 acidentes, com 18 mortos entre 444 vítimas. Foram 58 acidentes no trecho de Gaspar, com sete mortes; 40 em Ilhota, com cinco mortes; e 113 em Navegantes, com seis mortes e 253 vítimas.