Brasil

Governo federal vai taxar fundos de super-ricos

Proposta é cobrar alíquota de fundos exclusivos e de investimentos no exterior

Valor de isenção do Imposto de Renda passou de R$ 1903 para R$ 2640 (Foto: Agência Brasil)
Valor de isenção do Imposto de Renda passou de R$ 1903 para R$ 2640 (Foto: Agência Brasil)
miniatura galeria
miniatura galeria

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na segunda-feira a Medida Provisória (MP) e projeto de lei para a taxação dos super-ricos no Brasil. A MP prevê cobrança de 15% a 22% nos rendimentos de fundos de investimentos exclusivos, aqueles que têm apenas um cotista. Já o projeto de lei quer tributar quem tem recursos investidos em empresas no exterior. 

A taxação sobre fundos exclusivos prevê arrecadação de R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026, com R$ 3,2 bilhões só neste ano. A tributação será duas vezes por ano, e não no resgate do investimento, como é hoje. Segundo estimativas do governo federal, há cerca de 2,5 mil brasileiros com recursos aplicados nesses fundos, que acumulam R$ 756,8 bilhões e respondem por 12,3% dos fundos no país. 

Continua depois da publicidade

Embora não haja limite mínimo de aplicações, estima-se que os investidores de fundos exclusivos tenham patrimônio mínimo de R$ 10 milhões, já que os custos de manutenção podem somar R$ 150 mil num ano. O texto da MP tem validade imediata, mas precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias ou perde a validade.

A alíquota é de 15% a 22,5% sobre os rendimentos uma vez a cada semestre, a partir do ano que vem, pelo chamado “come-cotas”. Fundos com maiores prazos de aplicação terão alíquotas mais baixas devido à tabela progressiva do imposto de renda. Pra quem optar, o pagamento do “come-cotas” pode ser antecipado neste ano, com taxa de 10%. Quem não fizer a opção, vai pagar só em 2024, mas com taxas mais altas.

Grana no exterior

Além da taxação dos fundos exclusivos, o governo federal enviou ao congresso o projeto de lei que prevê tributar brasileiros que têm rendimentos no exterior por meio de empresas estrangeiras de investimentos (offshore) e de terceirização de administração de bens (trust). Inicialmente, a taxação também estava em uma MP, mas teve resistência de parlamentares.

Atualmente, os investimentos no exterior, geralmente aplicados nos chamados paraísos fiscais, são taxados apenas se o dinheiro retorna ao Brasil. O governo estima em pouco mais de R$ 1 trilhão o valor aplicado por pessoas físicas em fundos no exterior. A estimativa é de arrecadar mais de R$ 24 bilhões entre 2023 e 2026, com cerca de R$ 7 bilhões ano a partir de 2024.

As alíquotas terão cobrança anual, com taxas progressivas de 0% a 22,5%. Na antecipação para este ano, a alíquota será de 10%. A arrecadação com os tributos será usada pra compensar o aumento do limite da isenção do Imposto de Renda, projeto sancionado pelo presidente Lula na segunda-feira, além de garantir o cumprimento das metas fiscais previstas nas novas regras aprovadas pelo Congresso Nacional.

Isenção do IR

O presidente Lula ainda sancionou a Medida Provisória 1.172/2023, que reajusta o salário-mínimo para R$ 1320 e amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física.

Continua depois da publicidade

O valor do piso salarial tá valendo desde 1º de maio, quando a MP entrou em vigor.  A sanção traz uma política de valorização do salário-mínimo, prevendo aumento real equivalente à variação do Produto Interno Bruto, a partir de 2024, quando o salário-mínimo deve chegar a R$ 1461. A nova faixa do IR foi incluída na MP no Congresso Nacional. Agora, quem ganha até R$ 2640 ao mês não terá de pagar o imposto na declaração. Antes, a isenção era para quem recebia até R$ 1.903,98 por mês.






Conteúdo Patrocinado



Comentários:

Somente usuários cadastrados podem postar comentários.

Clique aqui para fazer o seu cadastro.

Se você já é cadastrado, faça login para comentar.

WhatsAPP DIARINHO

Envie seu recado

Através deste formuário, você pode entrar em contato com a redação do DIARINHO.

×






216.73.216.135


TV DIARINHO


🎬🐶 ITAJAÍ E BC NOS CINEMAS | Itajaí e Balneário Camboriú vão servir de cenário pro filme Minha Vida ...



Especiais

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

CLIMA

Afinal, quanto dinheiro o Brasil recebeu de financiamento climático?

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência

ESCALA 6X1

Boulos substitui Macêdo com desafio de levar temas sociais para Secretaria da Presidência

O plano do governo para manter territórios indígenas seguros

E depois da desintrusão?

O plano do governo para manter territórios indígenas seguros

Do palco de Mariah Carey às mudanças climáticas

Ilha do Combu

Do palco de Mariah Carey às mudanças climáticas

Por que a Espanha avança e o Brasil caminha para mais restrições?

Debate do aborto

Por que a Espanha avança e o Brasil caminha para mais restrições?



Blogs

Dona Justa manda vereador tirar vídeos contra secretário

Blog do JC

Dona Justa manda vereador tirar vídeos contra secretário

Placas pioram o trânsito de Itajaí

Blog do Magru

Placas pioram o trânsito de Itajaí



Diz aí

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

Diz aí, Rubens!

"Tem que entregar. Ninguém está garantido nesse governo. Nem nós."

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

Diz aí, Níkolas!

“Acho que a atividade-fim tem que se manter 100% pública, que é a educação”

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

Diz aí, Bene!

"Nosso projeto é de clube formador, de dar oportunidades aos jovens talentos"

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”

Diz aí, Thaisa!

“O gargalo que a gente enfrenta é a mão de obra e a qualificação da mão de obra”

"Comprem em Camboriú porque vai valorizar. Camboriú é a bola da vez"

Diz aí, Pavan!

"Comprem em Camboriú porque vai valorizar. Camboriú é a bola da vez"



Hoje nas bancas

Capa de hoje
Folheie o jornal aqui ❯






Jornal Diarinho ©2025 - Todos os direitos reservados.