Escola de Itajaí
Menina de 8 anos é vítima de racismo
“Não é um caso isolado”, denuncia presidente do Conegi
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Na manhã da última segunda-feira, uma criança de oito anos estava na cantina da escola, em Itajaí, quando ouviu de uma funcionária que o cabelo dela “era mais duro que vassoura”. Assim que chegou em casa, a menina contou o ocorrido para a mãe, que foi na mesma hora tirar satisfações com a diretora da escola.
Segundo a mãe, a diretora deu todo o apoio necessário à família, porém a funcionária da cantina negou as acusações. A mãe decidiu não registrar um boletim de ocorrência e não vai prosseguir com a denúncia, mas fez questão de tornar o caso público pra evitar novas situações.
“Infelizmente este não é o primeiro caso de crianças vítimas de racismo nas escolas em Itajaí. Mas o que choca é que vem de pessoas que estão lá para o cuidado. Só nos resta, enquanto população negra, nos indignarmos frente a esse absurdo e lutar para que casos assim não aconteçam novamente”, explica Márcia Guimarães, advogada e presidente do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra de Itajaí (Conegi) e da Comissão de Igualdade Racial da OAB em Itajaí.
Os casos que acontecem em escolas devem ser levados à Secretaria de Educação. As denúncias podem ser feitas por meio de boletins de ocorrência. O Conegi também atua nesses casos e o contato é o (47) 3248-9483 ou conegi@itajai.sc.gov.br.