Murta

Família de ex-rainha do Carnaval é vítima de racismo

Vizinho bêbado ameaçou a família aos gritos de “pretos imundos” e “macacos”

Nayara foi rainha do carnaval de Itajaí em 2012 e 2013
Nayara foi rainha do carnaval de Itajaí em 2012 e 2013
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A ex-rainha do Carnaval de Itajaí nos anos de 2012 e 2013, Nayara Fernandes Alves, e sua família denunciaram que foram vítimas de racismo e intolerância religiosa na madrugada de domingo, na rua Pedro João de Souza, na Murta.

Negros e praticantes do candomblé, eles foram ameaçados por um vizinho bêbado e armado com uma faca que esmurrava a porta do apartamento aos gritos, chamando-os de "negros, pretos, imundos ...

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Negros e praticantes do candomblé, eles foram ameaçados por um vizinho bêbado e armado com uma faca que esmurrava a porta do apartamento aos gritos, chamando-os de "negros, pretos, imundos, macacos e macumbeiros", no momento em que eles estavam se preparando para dormir.

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As ofensas iniciaram por volta de 1h10 da madrugada e a confusão acabou somente às 3h30, quando a Polícia Militar deixou o local. O agressor fugiu pouco antes da chegada dos policiais e as vítimas registraram boletim de ocorrência (BO) na 2ª Delegacia de Polícia na Barra do Rio.

Silvio César Chaves Alves, de 57 anos, mora no apartamento há cerca de quatro anos junto com a esposa, Alzira, e um filho de 14 anos. Nayara retornou recentemente de Pernambuco com o companheiro e duas crianças. Eles moram no apê temporariamente até organizar a mudança para Lages, a cidade natal.

“Essa foi a primeira vez que isso aconteceu desde que minha família alugou esse apartamento. É simplesmente inadmissível, em pleno século 21, as pessoas serem agredidas pela cor de sua pele ou pela sua crença religiosa”, destaca Nayara.

A ex-rainha conta que o agressor mora numa quitinete nos fundos do apartamento há apenas um mês e que no dia da agressão ele passou a tarde toda bebendo.

Nayara conta ainda que o proprietário dos dois imóveis se recusou a passar o nome completo do agressor para ela incluir no BO. “Pra mim, é uma situação muito dolorida, porque somos pretos e sofrer ameaças por racismo e intolerância religiosa dentro de casa é muito triste. E ainda por cima, a polícia demorou cerca de duas horas para chegar e acabou não encontrando mais o agressor”, relata.

“Na segunda-feira, a primeira coisa que farei será um novo registro na 1ª DP, para que o investigador intime o proprietário do imóvel a fornecer o nome completo do inquilino para que possa iniciar a investigação e a denúncia ao Ministério Público”, conta Sílvio.

A punição para crimes de intolerância religiosa foi endurecida neste ano em lei sancionada pelo governo Lula (PT). A pena, de até cinco anos, está prevista na lei que equipara crimes de injúria racial a racismo – e que também protege a liberdade religiosa.






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