Das pessoas investigadas por participar ou financiar os atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília (DF), e que continuam presas, apenas uma é mulher e ela é catarinense. Trata-se de Dirce Rogério, de 56 anos, moradora de Rio do Sul, única que ainda segue detida na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia.
Outras mulheres que estavam no local já foram liberadas em decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos dois inquéritos que investigam as invasões ...
Outras mulheres que estavam no local já foram liberadas em decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator dos dois inquéritos que investigam as invasões nas sedes dos três poderes. No Complexo Penitenciário da Papuda, seguem presos 45 homens, dois deles de Santa Catarina.
A defesa da catarinense, que nega participação na invasão, tenta a liberação nos próximos dias. A deputada federal catarinense Julia Zanatta (PL) prometeu pedir ao ministro a liberdade da mulher e dos homens que continuam presos. Na segunda-feira, ela esteve na Papuda e conversou com o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, preso na semana passada em operação da Polícia Federal.
“Além do caso do Vasques, ainda estão presos 45 homens na Papuda e uma mulher no Colmeia, em decorrência do 8 de janeiro. Casos tratados de forma genérica, sem fundamentos e sem critérios claros que expliquem a permanência dessas pessoas na prisão”, criticou. Ela disse que a situação da catarinense presa é ainda mais grave.
“Uma senhora idosa, sem antecedentes criminais, com problemas de pressão e sem nenhum agravante no seu caso, em comparação com as demais que já foram soltas”, comentou. Segundo a parlamentar, pode ter ocorrido um “erro material” ligado ao nome da mulher, composto de um nome masculino.
Fátima vira ré
Catarinense que viralizou nas redes sociais em vídeo que a mostra dentro do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, de Tubarão, virou ré no inquérito que investiga os atos golpistas. Imagens do celular da aposentada e o vídeo que circulou nas redes confirmam a participação dela na invasão.
A mulher está junto com uma nova leva de acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelas invasões em Brasília e que tiveram a denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O grupo vai responder pelos crimes de associação criminosa, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, ameaça, perseguição, incitação ao crime e dano qualificado.