Disputa
Liminar garante Paulo Eccel na eleição à prefeitura de Brusque
Justiça eleitoral tinha rejeitado candidatura do petista por irregularidades na chapa
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]
Candidato do PT nas eleições suplementares para a prefeitura de Brusque, Paulo Eccel obteve na Justiça, na quarta-feira, a suspensão da decisão que negou o registro da candidatura. A determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) tem caráter liminar e mantém o petista na campanha, inclusive com participação no horário eleitoral gratuito, até uma decisão final.
Segundo o juiz Willian Medeiros de Quadros, o efeito suspensivo da decisão da Justiça Eleitoral de Brusque foi medida necessária para “dar isonomia e simetria entre os partidos e candidatos da eleição”. A votação em Brusque será no dia 3 de setembro. A eleição “fora de época” é devido à cassação do ex-prefeito Ari Vequi (MDB) e do ex-vice-prefeito Gilmar Doerner (Republicanos, à época da decisão), por abuso de poder econômico nas eleições de 2020.
Os candidatos
Quatro candidatos estão na disputa: André Vechi (DC), William Fernandes Molina (MDB), Paulo Eccel (PT) e Alessandro Simas (PP). A candidatura de Eccel havia sido indeferida pela Justiça Eleitoral de Brusque na segunda-feira passada, devido a uma suposta irregularidade envolvendo partidos da chapa. Os diretórios municipais do PCdoB, Solidariedade e Cidadania não teriam prestado contas partidárias de períodos anteriores, estando irregulares.
As siglas compõem a chapa “De Coração Aberto, Brusque”, formada por oito partidos, e foram alvo de uma ação da coligação “Avança Brusque”, encabeçada pelo candidato André Vechi, que pediu que os três partidos fossem impedidos de participar das eleições. No processo, o Ministério Público Eleitoral apontou irregularidade em relação ao Solidariedade, recomendando a saída da coligação, entendendo que as federações ligadas ao PCdoB e Cidadania não deveriam ser punidas.
Ainda assim, a Justiça Eleitoral aceitou parcialmente o registro da coligação, além do PT de Eccel e do PSDB, da vice-prefeita Dida Mafra, que acabaram com a candidatura rejeitada. A coligação entrou com recurso e conseguiu liminarmente suspender os efeitos da decisão.