Julgamento começou na quarta e prossegue nessa quinta-feira
João Batista [editores@diarinho.com.br]
Duas funcionárias e três crianças foram mortas na escolinha
(foto: divulgação)
Ele responde pela morte de duas funcionárias e três crianças e ataque contra outras 14 vítimas (Foto: divulgação)
Começou na quarta-feira a sessão do Tribunal do Júri que julgará o acusado de matar duas professoras e três bebês em uma creche de Saudades, no oeste do estado, em maio de 2021. Ele ainda é réu por tentativa de assassinato contra mais 14 vítimas do atentado. No primeiro dia seriam ouvidas seis vítimas, oito testemunhas de acusação e quatro testemunhas de defesa.
O julgamento começou por volta das 8h30 da manhã, no fórum de Pinhalzinho, cidade vizinha de Saudades. Em frente ao fórum, houve mobilização de vítimas e familiares, além de professores ...
O julgamento começou por volta das 8h30 da manhã, no fórum de Pinhalzinho, cidade vizinha de Saudades. Em frente ao fórum, houve mobilização de vítimas e familiares, além de professores e funcionários da creche. As ruas foram fechadas com um forte esquema de segurança. As aulas na escola infantil Pró-Infância Aquarela foram suspensas durante o dia.
A previsão é que o júri se estenda até essa quinta-feira, quando está previsto o interrogatório do réu e as manifestações da acusação e defesa. No primeiro dia, a sessão ouviu três das seis vítimas pela manhã, sendo que três foram dispensadas. As testemunhas de acusação começaram a ser ouvidas à tarde.
Seis mulheres e um homem compõem o júri popular, presidido pelo juiz da Vara Única, Caio Lemgruber Taborda. Os promotores de Justiça Bruno Poerschke Vieira, Douglas Dellazari, Fabrício Nunes e Julio André Locatelli representam o MPSC na sessão. O acusado do massacre, Fabiano Kipper Mai, é defendido pelo advogado Demetryus Eugênio Grapiglia. O réu está preso desde o dia do crime.
O massacre foi em 4 de maio de 2021 quando o réu invadiu a creche, matou duas professoras e três bebês e tentou matar outras 14 pessoas, entre educadoras, funcionárias e crianças. Ele usou uma adaga que havia comprado pela internet especialmente para o ataque.
Morreram no atentado a professora Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos, a agente educacional Mirla Renner, 20, Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses, Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses, e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses.
O réu, que teria tentado se matar após o ataque, foi detido por populares. Ele confessou o crime.
Assassino da creche em Blumenau não é louco, conclui a perícia
Um laudo pericial atestou a sanidade mental do autor do ataque à creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau. A conclusão é que ele tinha total capacidade de entendimento dos atos. O crime aconteceu no dia 5 de abril de 2023, causando a morte de quatro crianças e ferindo outras cinco.
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que o exame de sanidade mental foi solicitado pela Defensoria Pública, que atua na defesa do assassino. A juíza responsável da 2ª Vara Criminal de Blumenau acatou o pedido e o exame foi feito por um médico perito oficial do Hospital Psiquiátrico, de Florianópolis.
O laudo, apresentado no último dia 4 de agosto, descreve o exame realizado e responde aos quesitos formulados pela juíza e pela Defensoria Pública. Sobre a capacidade do réu, o perito concluiu que, à época dos fatos, o homem apresentava total capacidade de entendimento dos seus atos e total capacidade de se determinar conforme esse entendimento.
Com o resultado, o médico legista atestou a sanidade do autor do atentado para responder pelos atos que praticou. O laudo foi juntado ao processo, que corre sob sigilo na justiça. Agora, segue o prazo para que as partes se manifestem na ação sobre o resultado do laudo, caso queiram. O acusado do ataque continua preso preventivamente.
Conforme denúncia do Ministério Público, o réu é acusado de quatro homicídios qualificados (por motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que impediu a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos) e cinco tentativas de homicídio.
Em trecho do laudo obtido pelo G1, o perito anota que o assassino tem um distúrbio psiquiátrico, anterior à data do ataque, mas que o problema “não causa incapacidade para todos os atos”. O exame indicou que ele não apresenta desenvolvimento mental incompleto.
O autor agiu sozinho e tinha intenção de matar mais crianças. O assassino usou uma machadinha no crime, segundo a polícia, em “plena consciência da ilicitude do fato, como também de livre e espontânea vontade”.
No ataque, morreram Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, Bernardo Pabst da Cunha, de 4, Larissa Maia Roldo, de 7, e Enzo Marchesin Barbosa, também de 4, golpeados pelo assassino enquanto brincavam no pátio da creche. Outras cinco crianças ficaram feridas. Após o crime, o assassino se entregou a PM.
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