SANTA CATARINA

Polícia já prendeu 17 integrantes de grupos nazistas em SC, RS, PR e MG

Resultado de operações leva comitiva catarinense a Israel pra troca de informações

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Operação no fim de 2022 prendeu oito membros de braço internacional nazista em SC  (Foto: Divulgação)
Operação no fim de 2022 prendeu oito membros de braço internacional nazista em SC (Foto: Divulgação)

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sete grandes operações nos últimos meses, a Polícia Civil de Santa Catarina prendeu 17 pessoas ligadas a movimentos neonazistas em SC, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais. O trabalho da delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, unidade da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), levou o estado a ser convidado pra uma visita técnica a Israel pra troca de informações.

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A repercussão internacional do combate a grupos extremistas foi um dos motivos que fez a Confederação Israelita do Brasil convidar a Polícia Civil. A missão em Israel começou na sexta-feira e vai até  24 de junho, com agendas em Tel Aviv e Jerusalém. A comitiva é liderada pelo desembargador Sidnei Dallabrida, com policiais civis e militares que atuam no Tribunal de Justiça e no Ministério Público.

A Polícia Civil está representada pelo delegado-geral, Ulisses Gabriel, pelo diretor de Inteligência, Gustavo Madeira, pelo diretor da Acadepol, delegado André Bermudez e o diretor da Deic, delegado Daniel Régis. Na agenda estão encontros com lideranças israelenses compartilhamento de informações sobre segurança cibernética, inteligência, investigação, além de ter acesso aos recursos tecnológicos para segurança pública.

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O governo do estado destacou que o combate a esses grupos extremistas é uma maneira eficaz de prevenção à disseminação de conteúdo relacionado a ataques a escolas, problema que se tornou uma nova preocupação das forças de segurança.

De acordo com o delegado Arthur Lopes, da Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância, as investigações monstram que se trata de um problema nacional, com células espalhadas por outros estados. “E aqui as investigações têm revelado esse problema. Tanto que a maioria dos nossos indiciados presos são de fora de Santa Catarina”, explica.

Braço internacional

Na operação de maior repercussão, em novembro de 2022, as investigações resultaram na prisão de oito criminosos que estavam reunidos na área rural de São Pedro de Alcântara. No local, os policiais recolheram provas robustas, entre revistas, panfletos e outros objetos com símbolos nazistas, sobre ideais extremistas. Outros dois integrantes foram detidos no Rio Grande do Sul neste ano. Todos permanecem presos. De acordo com o delegado Arthur Lopes, o grupo tinha um sistema rigoroso de recrutamento e buscava novos integrantes pela internet. “Eles faziam parte de um braço de um grupo armado de supremacia branca e neonazista fundado nos EUA”, informa.

Jogos eletrônicos

Outro caso que repercutiu foi a prisão de um jovem de 19 anos em Porto Belo, em março, que fazia apologia ao nazismo e disseminava ódio contra negros e judeus na internet. As investigações revelaram os crimes raciais e de apologia ao nazismo praticados pelo criminoso, que tinha interesse por “ataques terroristas de lobo solitário” nos conteúdos de ódio que espalhava.

O jovem tinha histórico de violência, com agressão a uma professora, além de várias publicações racistas e antissemitas. Ele não aceitava ter aulas com um professor negro. Segundo a Civil, o caso do rapaz é resultado do mais recente modelo de recrutamento de grupos neonazistas, por meio de jogos eletrônicos e em plataformas como Discord, Telegram e Playstation.

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O rapaz de Porto Belo era viciado em games online, com grupos para jogos. “É aí que entram os neonazistas. Eles formam pequenos grupos de hábeis jogadores que, eventualmente, permitem que outro jogador participe de seus jogos. Aqui estamos falando de jogadores muito novos, pré-adolescentes ou adolescentes. Sempre meninos”, contou o delegado.

Ainda conforme relatou, não é raro descobrir nos computadores imagens de pedofilia e zoofilia. “Elas são enviadas pelos mentores neonazi para que esses jovens, que já tem uma certa representatividade nas redes sociais, publiquem em seus perfis. Os recrutadores, também não raramente, são pedófilos – por isso a facilidade de conseguir esses vídeos”, diz.




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