Mobilização

Itajaí tem o maior número de voluntários de todas as paradas da Ocean Race

São 1200 pessoas, entre estudantes e moradores. O número representa o triplo do registrado na última edição

João Gabriel, 23 anos, estreou como voluntário nessa edição
(Fotos: João Batista)
João Gabriel, 23 anos, estreou como voluntário nessa edição (Fotos: João Batista)
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O programa de voluntariado da The Ocean Race Itajaí mobilizou mais de 1200 voluntários, entre alunos da Univali, acadêmicos de outras instituições de ensino e pessoas da comunidade. Nesta edição, o número de pessoas foi três vezes maior do que em 2018, quando houve 397 participantes, e é o maior se comparado com todas as outras paradas da regata transoceânica.

Pelo programa, coordenado pela Univali, os voluntários têm a oportunidade de experiência internacional nas atividades de apoio e organização do evento. O perfil dos participantes é tão variado quanto à programação da Vila da Regata. A maior parte – 60% - são acadêmicos e quase 30% são moradores da cidade. Todos são certificados após o evento.

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No caso dos alunos, o trabalho na The Ocean Race vale como horas complementares no currículo dos cursos. Nos dias do evento, porém, a recompensa vai além da troca curricular. João Gabriel Toniazzo, de 23 anos, faz licenciatura em Filosofia pela Universidade Internacional (Uninter) em Itajaí e participa pela primeira vez como voluntário na regatona.

Ele atua nos espaços ligados à educação ambiental, entre eles o One Blue Voice, atração que oferece aos visitantes uma experiência imersiva sobre sustentabilidade e que virou o espaço preferido do voluntário. João explica que o trabalho vai contar como estágio no final do curso, mas destaca que as experiências na Vila vão além. “É uma coisa única. Eu que sou daqui, nasci em Itajaí e cresci junto com esse evento, é uma honra estar participando junto com a cidade”, disse, já com expectativa de participar na próxima edição. Para o acadêmico, que estuda pra ser professor, o contato com públicos de diversas idades e origens também é enriquecedor.

“A oportunidade de estar conversando, explicando, dialogando, falando do nosso projeto e do evento para as pessoas que são daqui ou não, inclusive estrangeiros, é gratificante. Eu não falo outra língua, mas de alguma forma a gente consegue se comunicar”, conta.

Os colegas Lucas Zancanaro, de 19, e Vinicius Schwarz, de 18, que são alunos do curso de Comércio Exterior da Univali, curtiram a primeira experiência como voluntários. Eles passaram pelas atrações de sustentabilidade do evento e nesta semana trabalharam no Race Boat Experience, exposição com um “barco partido ao meio”, que é uma das mais concorridas na vila.

“A gente lida com vários tipos de público, criança, adulto, idoso, então é bem interessante”, relata Lucas. Além de atender visitantes de outros estados, o estudante falou do contato com estrangeiros e que isso ajudou a desenvolver a fala em inglês.

Já Vinicius ressaltou que entre os próprios voluntários também rola uma troca de experiência, considerando que há inscritos que vieram de outros países, como México e Itália. “Esse contato com muitas pessoas melhora a nossa comunicação. Então, foi muito bom a gente ter escolhido fazer parte”, comentou.

 

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Maior número de voluntários das cidades participantes

Ed Silveira integra a equipe de voluntários da regatona há três edições

Ed Silveira integra a equipe de voluntários da regatona há três edições

 

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O número de voluntários em Itajaí é o maior entre as cidades que recebem a The Ocean Race. A estrutura na cidade também é reconhecida como uma das melhores pela organização. “Aqui na Vila da Regata nós seguimos o modelo de voluntariado internacional da própria organização da competição. Além da sustentabilidade, a questão do voluntariado é uma das bandeiras do evento”, destacou a professora e vice-coordenadora dos voluntários, Lígia Najdzion.

Além de estudantes de diversos cursos da Univali, há voluntários que são egressos da universidade e alunos de outras instituições. Também há participantes vindos de outros países e estados e moradores de Itajaí. É o caso de Edson Gerado Silveira, de 69 anos, que integra a equipe de voluntários há três edições do evento. “Sou aposentado e a Univali sempre me atende muito bem quando preciso de serviços médicos por lá, então essa é uma forma de retribuir tudo aquilo que já recebi da instituição”, comentou. No grupo ainda estão dois alunos autistas e uma aluna surda, trazendo o apelo da inclusão que está entre os valores do Ocean Race.

 

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Sustentabilidade gera mais engajamento

Coordenador Igor iniciou na Vila da Regata como voluntário

Coordenador Igor iniciou na Vila da Regata como voluntário

 

Hoje um dos coordenadores do programa de voluntariado, Igor Coimbra, já foi voluntário, participando de todas as edições do evento. “A minha primeira atividade foi como voluntário e é muito legal. Com base na experiência que eu tive e no retorno que eles dão pra gente, é incrível esse contato com um evento desse porte, com pessoas de todos os lugares do mundo”, avalia.

Nesta edição, o programa recebeu cerca de 2 mil inscrições. A seleção levou em conta os tipos de atrações na Vila, a disponibilidade dos participantes e o domínio da língua em alguns casos. Para Igor, o interesse das pessoas em participar demonstra a importância do programa e está ligado à chance que os voluntários têm em representar a cidade, o estado e o país num evento de porte internacional.

O apelo da sustentabilidade, que ganhou força no evento, é outra motivação para os participantes, que se sentem orgulhosos. “Dessa vez o que eu sinto de diferença é esse engajamento muito mais relacionado à sustentabilidade. A pegada nesse ano está muito voltada pra isso mesmo, sejam as ativações internacionais ou as locais. Essa é a maior evolução, esse foco na parte ambiental e sustentável”, considerou.

 

 






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