Matérias | Especial


Pesquisa de preço

Atacadões apostam em diversidade de marcas e descontos pra venda de cerveja

O DIARINHO pesquisou os preços de 17 marcas de diferentes embalagens e tamanhos

Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]

Setor cervejeiro emprega 2,7 milhões de trabalhadores no Brasil


Texto e fotos: Renata Rosa

Especial para o DIARINHO

Com a temperatura passando dos 30 graus, nada como terminar um dia estafante de trabalho com uma cervejinha gelada, seja no happy hour ou no conforto do lar. Para ajudar o consumidor a refrescar a cabeça sem estourar o orçamento, o DIARINHO foi aos atacadões de Itajaí pesquisar onde é mais vantajoso comprar a bebida que é a cara do verão. E constatou que a maior diferença está nos descontos oferecidos na compra em quantidade, dado relevante para o pequeno comerciante ou quem tá fazendo estoque para o Carnaval.



E foi-se o tempo em que as opções se limitavam a quatro ou cinco marcas. O DIARINHO pesquisou os preços de 30 itens de cerveja de 17 marcas em diferentes embalagens e quantidades: garrafas de 600ml (não retornável), lata de 350ml, latão de 473ml, long neck e barril (5 l).

Isso sem falar nas inúmeras opções de cerveja artesanal. Dos quatro atacadões, apenas o Brasil Atacadista, da Praia Brava, não oferece desconto na compra de fardos. Nos demais, o desconto vai de 10 a 30 centavos em determinados produtos.

No Fort, Komprão e Atacadão era possível comprar com desconto o fardo de Budweiser (6 unidades), a Itaipava de 350ml e a Brahma Duplo Malte de 350ml (12). A long neck da Spaten tinha desconto no Fort e Atacadão; a Brahma Malzebier e versão álcool no Komprão e Atacadão.


Já o latão da Amstel e Heineken tinha desconto apenas no Komprão, que também baixou o preço da Budweiser (350ml) e Eisenbahn (600ml). A Corona estava em promoção só no Atacadão, e a Stela Artois (600ml) apenas no Fort do Centro.

Durante a pesquisa, o DIARINHO conversou com consumidores que foram direto para o corredor de cervejas para pesquisar sobre as marcas preferidas.

A universitária Andressa Mous, 23, e suas amigas estavam na missão de comprar cervejas para a festa de formatura. Como buscavam latinhas da Heineken e só tinha long neck, decidiram ir a outro mercado.

O advogado Fábio Fabeni, 46, também é fã da marca e costuma passar no Fort depois do trabalho para sextar com a família.

Já Paulo César Guizoni procurava pelo fardo da Amstel. “Prefiro comprar em fardo para não ter que voltar ao mercado, facilita a vida”, acredita.


 

Diferença na compra do fardo chega a 32,12% entre os atacadões

Dos 30 itens pesquisados, o que apresentou a maior diferença de preço foi a latinha de Boehmia de 350ml (23,16%), que é vendida a R$ 2,59 a unidade no Komprão e R$ 3,29 no Brasil Atacadista. Mas a diferença aumenta caso o consumidor leve o fardo com 12 unidades, cujo preço por lata cai para R$ 2,49 no Komprão, uma variação de 32,12% em relação ao mercado da Brava, o único atacado que não dá desconto.

O segundo lugar em variação é da Itaipava, latinha de 350ml (22,04%), que custa R$ 2,45 no Atacadão e R$ 2,99 no Fort. Tanto um estabelecimento quanto o outro dá desconto de 10 centavos na compra do fardo. No terceiro lugar aparece a long neck da Stela Artois (11,84%), que custa R$ 4,98 no Atacadão e Brasil Atacadista e R$ 5,59 no Fort. A mesma marca, na versão 600ml, apresentou variação de 11,12%, sendo mais barata no Atacadão (R$ 8,99) e mais cara no Brasil Atacadista (R$ 9,99).


Para quem precisa dar um tempo no álcool, mas não abre mão da cevada, tem a versão 0% álcool da Brahma, latinha de 350ml, que está mais barata no Komprão (R$ 3,79) e mais cara no Brasil Atacadista (R$ 4,19), variação de 10,55%. Na compra do fardo no Komprão, o preço cai para R$ 3,69 a unidade, aumentando a diferença para 13,55%.

Em relação à Heineken, que domina as prateleiras em todos os atacadões, a maior diferença de preço também foi verificada na latinha de 350ml (10,72%), que é vendida a R$ 4,29 no Brasil Atacadista e R$ 4,75 no Komprão. A pesquisa rolou  entre os dias 1° e 3 de fevereiro.

 

Bar Manias chega à maioridade atendendo ao fiel público universitário

Para celebrar os 21 anos da casa o bar vai ganhar um tapa no visual e um cardápio novo

Para celebrar os 21 anos da casa o bar vai ganhar um tapa no visual e um cardápio novo

 


Na maioria dos bares há um cantinho reservado para objetos que dão identidade ao local. Podem ser emblemas de times, taças de campeonatos, pôsteres de bandas, plaquinhas com piadas espirituosas ou até lemas religiosos. No Manias, bar ao lado da Univali, existe um armário com mais de 100 copos personalizados com os nomes dos clientes fiéis, que batiam ponto no bar ao longo dos seus 21 anos de história atendendo ao público universitário.

“Foram eles que fizeram o Manias deslanchar, principalmente após 2005, quando a Univali foi ampliada e o movimento migrou da rua Uruguai para a Contorno Sul”, relembra o proprietário Sérgio Vieira Filho, 40 anos. Não é à toa que se tornou tradição a festa de recepção dos calouros, criada em 2010 em substituição aos trotes. “Temos convênio com o grêmio de cada curso para os estudantes terem direito a 3h de open bar. Isso aqui lota!”, comemora.

O nome Manias foi escolhido numa votação entre amigos. A ideia era batizar o bar com algo que remetesse à vida universitária. “Pensamos em recreio, TCC, intervalo, daí o ‘mania’ surgiu por causa de maníaco, uma coisa meio louca”, revela. A primeira ampliação do bar rolou em 2010, quando passou de 200m³ para 300m³; a segunda em 2016, quando o bar ganhou uma cozinha que se especializou em hambúrguer com fritas e o icônico pão com bolinho de carne.

Ele e o irmão Alexandre abriram o bar em 2002, percebendo a carência de opções para os estudantes não só ‘bebemorar’, mas almoçar, por isso o Manias manteve o bufê ao meio-dia por 18 anos. O serviço só acabou em 2020 por causa da pandemia, época em que o bar ficou fechado. “Como as aulas eram online, não fazia sentido abrir nem quando foi permitido”, explica. Na volta à ativa, em março de 2021, o Manias passou a funcionar só à noite.

 

Cerveja no litrão é a preferida do público universitário

Santa Catarina ocupa o primeiro lugar em número de cervejarias por habitantes: 37.633

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O carro-chefe da casa é o litrão, vendido a R$ 15,50 (Devassa). A casa também vende Brahma Puro Malte e Heineken na tradicional garrafa de 600ml e uma boa variedade de long necks (Corona, Stela Artois, Budweiser, Skol Beats). Além do chope artesanal, cujo contrato Sérgio acabou de fechar com a cervejaria Lohn Bier, de Lauro Müller. A partir deste ano, o Manias também fechou parceria com a Amstel, marca holandesa, que já é produzida no Brasil.

A localização estratégica também deu a Sérgio a oportunidade de conhecer o processo de fabricação de cerveja em 2011. Ele conta que quatro estudantes de química e engenharia de produção o procuraram para participar de um projeto dentro da universidade. Durante um ano foram produzidos 20 litros de cerveja por mês, que eram vendidos no Manias. “Acompanhar todas as etapas desde a escolha da matéria-prima é incrível. A gente se conecta com o produto, da mesma forma que o chef ao elaborar o prato. É uma arte”, afirma.

 

Paixão nacional representa 2% do PIB e emprega 2,7 milhões de trabalhadores

Paulo César prefere comprar bebida em fardo para economizar as idas ao mercado

Paulo César prefere comprar bebida em fardo para economizar as idas ao mercado

 

A importância do setor de cervejas nos mercados reflete o desempenho de uma indústria que só cresce no Brasil. Segundo o Anuário da Cerveja do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de 2021, o setor responde por 2% do PIB brasileiro e emprega cerca de 2,7 milhões de pessoas na grande cadeia produtiva, que vai da plantação de cevada à indústria de vidro e beneficiamento da bebida, distribuidoras, vendas no atacado e varejo, bares e restaurantes. E também como fonte de renda para vendedores ambulantes nas praias.

Para se ter uma ideia do crescimento da atividade, em 2006 havia 74 cervejarias. No início do boom da cerveja artesanal, em 2013, já eram 195 fábricas. Este número saltou para 493 em 2016 e hoje são 1549 cervejarias. O crescimento só teve uma arrefecida nos anos de 2020 e 2021 por causa da pandemia, mas desde 2014 se mantinha acima dos 30% ao ano.

O relatório contabilizou mais de 1,2 milhão de pontos de venda no país em 2021, que geram uma receita em tributos da ordem de R$ 21 bilhões. Só em Santa Catarina são 195 cervejarias, o que coloca o estado na terceira posição nacional e a primeira em número de cervejarias por habitantes: 37.633. Em seguida aparece o RS (40.234), ES (72.079) e PR (73.402).

 

 

 




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