O ribeirão da Lagoa do Cassino terá uma ponte para veículos ligando os lados sul e norte da Praia Brava, em Itajaí. O projeto estrutural foi elaborado pela Associação dos Proprietários Praia Brava Norte (Aprobrava) para avaliar a estimativa de custos e a viabilidade da obra. O projeto definitivo, no entanto, ainda será finalizado para depois ser apresentado ao município.

O presidente da associação, Celso Rauen, informa que ainda não há prazo para aprovação e execução. Uma possibilidade é que o projeto seja concluído neste ano para que a mobilização pela obra aconteça a partir de 2023. A ideia é de que a ponte também evolua em sincronia com o projeto de revitalização do acesso à Brava Norte pelo morro de Cabeçudas, em andamento pela prefeitura.

A associação defende a construção da nova ponte para desafogar o atual acesso por Cabeçudas, onde o trânsito, inclusive de veículos pesados, passa por dentro do bairro, conhecido pelas ruas estreitas. Outra preocupação é que, com a construção de novos empreendimentos na Brava Norte, o tráfego de caminhões para obras será cada vez mais intenso.

“Esta ponte é de suma importância para a região. Vai reduzir substancialmente o tráfego que hoje passa por Cabeçudas e trazer mais mobilidade”, defende Celso. “Será uma alternativa à Osvaldo Reis, que sofre com congestionamentos, além de ser uma questão de segurança em caso de fechamento completo que ocorre ocasionalmente na rodovia”, completa.

O projeto da nova ponte não deve afetar a atual passarela de pedestres da lagoa do Cassino, única travessia que hoje liga os dois lados da Brava. “A ideia é mantermos as características de uso e contemplação da passarela atual”, destaca o presidente da Aprobrava. Após concluído, o projeto da entidade deverá passar por análise e aprovação do município para ser executado.

A presidente da Associação de Moradores da Praia Brava (ACBrava), Daniela Occhialini, é contra a nova ligação por entender que atende apenas aos interesses imobiliários. “É uma ignorância ocupar a Brava Norte com empreendimentos habitacionais. Aquela área deveria ser um chamariz para atividades de ecoturismo”, defende.

A entidade cobra a criação dos parques da Lagoa do Cassino e do Canto do Morcego, previstos no novo Plano Diretor. Para Daniela, o lado norte da Brava deveria ligar os dois parques, preservando as características ambientais. “Falta visão do município de utilizar o potencial turístico daquela região. Ao invés disso, aprovam a máxima ocupação em detrimento da qualidade de vida de população”, critica.

Urbanização do acesso norte em estudos

O projeto de revitalização do acesso à Brava Norte por Cabeçudas está em andamento pela prefeitura. A obra prevê o alargamento e reurbanização da rua José Menescau do Monte, a partir da rua Hermínio Gervásio, em Cabeçudas, até o trecho da avenida José Medeiros Vieira, no Canto do Morcego, na Brava.

As melhorias serão implantadas ao longo de 1 km pelo morro, com faixa para pedestres, ciclovia, canteiros e duas pistas para veículos. No encontro à beira-mar, o projeto prevê uma praça, com parquinho infantil, bicicletário, bancos, canteiros e equipamentos de ginástica.

O projeto está em licenciamento ambiental e passa por revisão do orçamento, ainda sem prazo para licitação. Outra proposta para melhorar o acesso à Brava Norte é a abertura de um novo caminho a partir da Osvaldo Reis, descendo a encosta do Morro Cortado até a beira-mar. A chamada Via Parque está em estudos e dependerá de licenciamento e desapropriações.

Sinal da Osvaldo Reis já passa por ajustes

Após os primeiros dias de funcionamento, a nova sinaleira na esquina da avenida Osvaldo Reis com rua Luci Canziani, na Praia Brava, em Itajaí, já ganhou adequações feitas pela Codetran.

Para evitar a formação de filas na saída da Luci Canziani, foi feita a divisão de faixas: uma para quem vai virar à esquerda para pegar a Osvaldo Reis no sentido Balneário Camboriú e a outra para quem vai pegar a rodovia em direção ao bairro Fazenda.

Devido à separação das pistas, agora é proibido estacionar no trecho final da rua. O sinaleiro da faixa para quem sai rumo à Fazenda foi retirado. O motorista deve parar, respeitando quem vem pela Osvaldo Reis, mas não depende mais de esperar abrir o sinal, o que provocava filas nos horários de pico.

A Codetran também reforçou a sinalização na região, com novas placas indicando as mudanças tanto na Osvaldo Reis como na Luci Canziani, implantadas desde segunda-feira. Para os pedestres, foi colocado aviso para se apertar o botão e esperar abrir o sinal antes de fazer a travessia.