MAR DE OPORTUNIDADES
BC virou referência de lazer e de bem-viver
Balneário Camboriú tem uma estreita ligação com a economia do mar, que move setor turístico
Redação DIARINHO [editores@diarinho.com.br]



Muitos adjetivos definem Balneário Camboriú, denominado por muitos como a Dubai brasileira. A comparação com a cidade dos Emirados Árabes se dá devido aos gigantescos e luxuosos arranha-céus, que margeiam a orla do mais concorrido balneário do sul do Brasil, como também pelo elevado padrão de vida dos moradores. Além, é claro, de sua estreita ligação com o mar. O turismo e a construção civil são os principais pilares da economia local, atividades que têm estreita ligação com o mar.
“Em Balneário Camboriú, temos uma relação direta com a economia do mar [ou economia azul], que move todo setor turístico, um de nossos principais motores econômicos”, destaca o prefeito Fabrício Oliveira (Podemos). O município conta com uma população estimada em 149 mil habitantes (IBGE/2021), que praticamente quadruplica nos meses de verão, podendo atingir até 1,5 milhão de habitantes em períodos de pico, a exemplo das festas de final de ano.
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Para aprimorar a relação com o mar e garantir melhor qualidade de vida à população, o município fez investimentos importantes em saneamento básico e na recuperação dos rios. “Balneário Camboriú caminha rapidamente para a universalização do saneamento básico, com 98,5% de rede coletora de esgoto instalada em todos os bairros, e chegaremos aos 100% no ano que vem. A legislação sanitária do município também ficou mais rigorosa, com multas mais pesadas e intensificação nas vistorias em casas e condomínios”, pontua o prefeito.
Segundo Fabrício, todo esse investimento fortalece o desenvolvimento da economia do mar, além de trazer uma qualidade de vida que, antes, não existia para os moradores e visitantes.
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Mar marcou início da cidade
A presidente do Convention Bureau de Balneário Camboriú, Margot Rosenbrock Libório, destaca a importância da economia do mar para o município, que se desenvolveu ao redor da orla e que, por muitos anos, foi visto apenas como um destino de sol e mar. “Todo o desenvolvimento da cidade, os novos atrativos turísticos, as novas oportunidades [seja no setor de serviços ou do comércio] sempre estiveram atreladas ao mar”, explica.
O secretário de turismo e desenvolvimento econômico de Balneário Camboriú, Genivaldo [Geninho] Góes, diz que o mar impulsiona a economia em vários aspectos. “A construção civil se desenvolveu, principalmente, pela nossa praia visitada por pessoas que buscavam momentos de lazer, pelas práticas desportivas ligadas ao mar e também pelo desenvolvimento do turismo náutico. Pelo mar que chega parte dos nossos visitantes e é ele que atrai turistas durante o verão”, enfatiza o secretário.
Margot vai além: “Setores que hoje são muito fortes e pujantes na cidade, a exemplo da construção civil, cresceram devido à vocação turística de Balneário Camboriú, que está muito jogada ao mar”, acrescenta a executiva. “As pessoas vinham para cá como turistas. Achavam incrível morar aqui, e acabavam se transferindo e investindo no mercado imobiliário”, diz.
Ainda segundo a presidente do Convention & Visitors Bureau, a cidade é um destino extremamente turístico. “Outras atividades se desenvolvem, mas sempre lincadas com o turismo, que oxigena a economia da cidade.”
Riqueza
O município tem o Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 5,55 bilhões (IBGE/2019) e o PIB per cápita de R$ 40 mil (IBGE/2018), enquanto a média brasileira é de R$ 33,6 mil. Já o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) apurado é de 0,845, considerado muito alto pela Organização das Nações Unidas (ONU). O IDH de Santa Catarina é de 0,744 e, o nacional, de 0,724. Os números são do último levantamento, realizado em 2010.
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Desenvolvimento com respeito à história
“O crescimento e o elevado índice de urbanização de Balneário Camboriú impedem que esqueçamos dos nossos pescadores, já que a pesca é uma das primeiras atividades econômicas de nossa cidade e região”, enfatiza Fabrício Oliveira. O prefeito defende a importância cultural e econômica da pesca para a cidade, uma vez que a atividade ainda garante a subsistência de muitas famílias que vivem nas praias agrestes e localidades afastadas da Praia Central.
“Firmamos convênios com a Colônia de Pesca e buscamos sempre atender às demandas desse setor que é econômico e cultural. Outros investimentos no setor foram firmados e estão na fase de projeto”, completa. Entre eles, a construção de um novo terminal de pesca. “A economia do mar é de extrema importância para o nosso estado, face à série de investimentos e oportunidades que ela oferece e representa. Cabe a nós, gestores, sempre um olhar especial para os segmentos que estão ligados à economia azul.”
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